Familiares de Luiz Carlos afirmaram à Polícia Civil que Roberto Naves tem fazenda de R$ 12 milhões em Porangatu

Propriedade de 100 alqueires, conforme os depoimentos, foi registrada apenas no nome do fazendeiro assassinado a tiros na Avenida Brasil

Danilo Boaventura, Rafaella Soares e Denilson Boaventura Danilo Boaventura, Rafaella Soares e Denilson Boaventura -
Familiares de Luiz Carlos afirmaram à Polícia Civil que Roberto Naves tem fazenda de R$ 12 milhões em Porangatu
Roberto Naves, prefeito de Anápolis. (Foto: Bruno Velasco/Secom)

Depoimentos obtidos pelo Portal 6 sobre o assassinato do fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro da Silva, de 52 anos, revelam que a vítima era muito mais que amigo do prefeito Roberto Naves (PP). Os dois, conforme os relatos colhidos pela Polícia Civil (PC), também eram sócios na criação de gados e adquiriram uma fazenda em Porangatu, terra natal do chefe do Executivo anapolino.

A relação empresarial entre Roberto Naves e Luiz Carlos foi mencionada por alto no depoimento que o prefeito deu no Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis dois dias após o crime, ocorrido no dia 06 de dezembro de 2022. No entanto, a parceria comercial que ambos mantinham foi detalhada pelos familiares mais próximos da vítima.

Prefeito foi ouvido no GIH dois dias após o crime. (Infografia: Portal 6)

Os relatos dão conta de que a propriedade rural tem 100 alqueires e valor estimado em R$ 12 milhões. A mesma teria sido comprada com a venda de gados e registrada apenas no nome do fazendeiro assassinado.

Vale lembrar que em nenhuma das declarações de patrimônio que Roberto Naves fez à Justiça Eleitoral consta a posse de cabeças de gado nem de qualquer outra atividade ligada à agropecuária. Procurado pelo Portal 6, o prefeito não se manifestou até a publicação da reportagem.

Familiares de Luiz Carlos afirmaram à PC que a fazenda de Porangatu tem 100 alqueires e valor estimado em R$ 12 milhões. (Infografia: Portal 6)

Mistério

A investigação do assassinato do fazendeiro Luiz Carlos é mantida sob sigilo pela PC e foi transferida para Goiânia por determinação da cúpula da instituição.

O principal suspeito de cometer o homicídio, o sargento Welton da Silva Veiga, foi morto no dia 27 de janeiro deste ano em uma operação policial que pretendia prendê-lo.

Sargento Welton Vieiga, morto em operação policial. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) reagiu ao episódio e sete promotores da Vara Criminal de Anápolis, em ofício único enviado à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), requisitaram informações detalhadas sobre a ocorrência.

A exumação do corpo de Luiz Carlos, realizada no dia 09 de fevereiro, foi a última medida sobre o caso tornada pública pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Ela foi autorizada pela Justiça para a realização de exames complementares pela Seção de Antropologia Forense e Odontologia Legal (SAFOL) da Polícia Científica de Goiânia.

Luiz Carlos Ribeiro da Silva era fazendeiro e foi assassinado a tiros na Avenida Brasil. (Foto: Reprodução)

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