Goiás alerta para risco de colapso no sistema de saúde dos municípios

Estado vem implementado estratégia para lidar com iminente situação de surtos de dengue e chikungunya

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Goiás alerta para risco de colapso no sistema de saúde dos municípios
Imagem mostra profissionais que integram comissão de gerenciamento contra dengue. (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)

O aumento de casos de dengue e chikungunya neste ano em Goiás acendeu um alerta e vem sendo alvo de preocupação por parte das autoridades sobre o risco de um possível colapso no sistema de Saúde dos municípios.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) durante coletiva realizada nesta quinta-feira (01º) mostram que já foram confirmadas 11.294 pessoas com o primeiro diagnóstico da doença, frente a 737 registros da segunda.

A preocupação sobre uma sobrecarga nas unidades de saúde vem sendo tratada como iminente pela pasta que, inclusive, já implementou uma estratégia para lidar com a situação: a criação de um gabinete de crise estadual.

O intuito é que com a iniciativa, dados relacionados a atendimento, demanda por internação, quantidade de insumos em hospitais e entre outros sejam enviados para o órgão, que monitora a situação.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Rasivel dos Reis, além do estadual, a pasta vem incentivando os gestores de cada cidade a instituírem um gabinete municipal para o envio dos dados. Até o momento, 51 já foram criados.

“O gabinete de crise estadual já está recebendo dados dos municípios de atendimento, demandas por internação, vendo como está a situação das equipes nos hospitais, se tem insumos, se tem estoque suficiente e ajudar para que a gente faça um manejo adequado”, diz.

O profissional explica que a preocupação é decorrente da ampla propagação de casos Sorotipo 2 – um dos quatro sorotipos de vírus-, que pode levar a complicações graves de saúde. No total, 35% dos casos registrados no estado são do sorotipo.

“Os pacientes com dengue evoluem muito rápido, nos casos graves. A maioria dos casos que evoluíram para óbito foi com menos de seis dias a partir do primeiro sintoma”, disse.

A mesma preocupação é tida pela crescente de casos de Chikungunya, com grande incidência de diagnósticos na região Sudoeste.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a doença é conhecida por ter um efeito prolongado podendo, inclusive, ter os efeitos sentidos mesmo após seis meses após o aparecimento do primeiro sintoma.

“A Chikungunya é uma preocupação porque pode ter uma doença mais prolongada e necessitar mais do serviço de saúde principalmente nessas regiões onde nós estamos vendo esse aumento”, disse.

Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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