Santander é condenado a pagar R$ 1,5 milhão por cobrar metas “impossíveis” de funcionários

Banco ainda deverá emitir atestados de saúde para os funcionários, destacando pontos como problemas psicológicos

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Santander
Fachada do Banco Santander. (Foto: Divulgação)

O Banco Santander S.A. foi condenado a pagar uma indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais coletivos para trabalhadores de agências.

A decisão foi tomada pelo juiz José Antonio Ribeiro de Oliveira Silva, da 6ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto – onde ocorreram as denúncias – que constatou que os funcionários eram constantemente cobrados a atingir metas, muitas vezes irreais.

A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que destacou que a empresa não se atentou aos problemas psicológicos que essas condições de trabalho poderiam acarretar.

Foram identificadas irregularidades em 19 agências, somando um total de 68 delitos.

Além do valor, a sentença também define que o banco providencie Atestados de Saúde Ocupacional (ASO) para as vítimas. Estes devem detalhar problemas como humor, nervos, raízes nervosas, plexos nervosos, tecidos moles e neuróticos ligados ao estresse, entre outros.

Caso não seja cumprida a decisão, a instituição será autuado em multas de R$ 50 mil por item, além de um adicional de R$ 05 mil por cada trabalhador afetado.

Resposta do Santander

Em resposta, o Santander explicou que nenhum dos funcionários tiveram exposição a riscos químicos, físicos, biológicos ou ocupacionais em suas atividades bancárias. O banco ainda enviou documentos que comprovem isso para a perícia do MPT.

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