Embora não tenha contrato assinado com a Prefeitura de Anápolis para gerir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Mulher, a Agir está adiantada em questões que só deveriam ocorrer após a assinatura do contrato.
Prova disso é a abertura de processo seletivo para contratação de profissionais para trabalharem no local. As vagas são para diversas áreas, e os interessados devem se cadastrar pelo site da Organização Social (OS).
Procurada pela Rápidas, a Agir afirmou que todas as informações e posicionamentos sobre o assunto estão sob a responsabilidade da Prefeitura de Anápolis.
À coluna, a Administração Municipal informou que o acordo com a OS é sustentado por uma “carta de aceite”, com base nos orçamentos recebidos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos (Sigtap) do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com esses dados em mãos, a Agir foi escolhida por se “enquadrar melhor na escolha técnica e legal para a contratação da OS para gerir a unidade”.
O acordo entre a Gestão Roberto Naves (Republicanos) e a entidade tem gerado estranheza em agentes públicos e gestores da área da saúde ouvidos pela Rápidas.
Isso porque a Agir tem boa reputação no mercado e, ainda assim, está se arriscando a assumir unidades de saúde da Prefeitura de Anápolis mesmo diante de questionamentos e suspeitas levantadas pelo Ministério Publico e Tribunal de Contas dos Municípios (TCMGO) no precedente aberto no mesmo modelo excepcional com a Fundação João Paulo II, OS que até poucos meses atrás geria o Hospital Municipal Alfredo Abrahão e lesou os cofres públicos em mais de R$ 40 milhões em serviços e procedimentos não comprovados.
Entre algumas das unidades sob a tutela da Agir estão o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).