Sem receber, profissionais da Santa Casa de Anápolis ameaçam paralisar se dinheiro da prefeitura não cair na conta
Profissionais estão sem receber os meses de outubro e novembro e ameaçam paralisação do serviço

Profissionais das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, pediátrica e adulta da Santa Casa de Anápolis cogitam suspender o recebimento de novos pacientes encaminhados pela regulação municipal a partir da meia-noite desta terça-feira (10).
A paralisação seria motivada pelo atraso no pagamento dos salários de outubro e novembro, mas ainda não ocorreu porque a direção da unidade de saúde está negociando prazos com os profissionais. Além disso, órgãos como o Conselho Regional de Medicina (CRM) precisam ser informados com antecedência.
À Rápidas, a diretora-executiva da Santa Casa, Irmã Marinêz Arantes da Silva, afirmou que os débitos totalizam cerca de R$ 11 milhões. Esses valores incluem verbas destinadas pelos governos Municipal, Estadual e Federal, que não foram repassadas à unidade de saúde.
Deste montante, R$ 1,9 milhão são oriundos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Anápolis, R$ 7,6 milhões referem-se a emendas parlamentares, e o restante se divide em valores menores que compõem a soma total.
Segundo a diretora-executiva, o secretário de Economia e Planejamento, Oldair Marinho, justificou que há dinheiro em caixa, mas que a liberação depende da aprovação de um projeto de lei pela Câmara. A proposta visa aumentar a suplementação orçamentária de 38% para 50% em 2024, o que adicionaria R$ 259 milhões ao orçamento deste ano.
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No entanto, vereadores consultados pela Rápidas afirmaram que essa argumentação não passa de uma tentativa de pressão para aprovar o projeto, rejeitado pelo Legislativo na última quarta-feira (04).