Motorista de aplicativo é cancelado pela Uber após corrida e Justiça concorda com o motivo
Condutor nega as alegações e defesa já informou que pretende entrar com recurso contra a decisão
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Um motorista de aplicativo foi descredenciado da Uber após enviar mensagens de teor sexual a uma passageira.
O caso, ocorrido em janeiro do ano passado, foi divulgado pelo portal especializado Migalhas e ganhou repercussão após a Justiça do Distrito Federal confirmar que a empresa tinha o direito de remover o condutor da plataforma.
De acordo com os autos, ao aceitar uma corrida, o motorista enviou uma mensagem à passageira sugerindo que ela poderia “pagar com xerecard”.
Diante da denúncia feita pela mulher, a Uber baniu o colaborador, alegando descumprimento das normas de conduta da plataforma.
Insatisfeito com a decisão da empresa, o motorista levou o caso à Justiça, alegando que não teve direito à ampla defesa antes de ser desligado.
No entanto, tanto em primeira quanto em segunda instância, o entendimento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) foi de que a Uber agiu corretamente ao garantir a segurança dos passageiros e proteger sua própria reputação no mercado.
A decisão foi mantida pela 3ª Turma Cível do TJDFT, que concluiu que não houve injustiça no bloqueio do motorista.
O tribunal entendeu que a conduta do condutor era inadequada e que a Uber não deveria ser obrigada a reativar o cadastro ou pagar qualquer tipo de compensação financeira.
O que diz a defesa
Nesta quarta-feira (12), o advogado do motorista, Wendrill Cassol, disse ao portal Metrópoles que as mensagens enviadas durante a corrida não teriam sido para uma passageira desconhecida, mas sim para a companheira do condutor.
Segundo ele, o motorista mantinha um relacionamento estável há mais de cinco anos com a mulher que solicitou a corrida.
No dia dos fatos, aceitou a viagem sem saber de imediato que era a companheira e, ao reconhecê-la, enviou a mensagem como uma “brincadeira”.
A mulher chegou a encaminhar um pedido ao suporte da Uber, anexando uma foto do casal como prova do relacionamento e solicitando que o parceiro fosse desbloqueado na plataforma.
No texto, reforçou que não se sentiu assediada e que tudo não passou de um mal-entendido.
Apesar da alegação, a Justiça manteve a decisão e reforçou que a Uber tem o direito de remover condutores que apresentem má-conduta, visando preservar a confiança e a segurança dos usuários. Um novo recurso está sendo preparado.
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