Advogado de Anápolis que causou morte de entregador de app ficará preso só na hora de dormir
Decisão foi dada em segunda instância após sequência de vitórias da defesa de Sérgio Fernandes Moraes, que estava dirigindo bêbado

A defesa de Sérgio Fernandes de Moraes, de 59 anos, e ex-esposo da conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCEGO), Carla Santillo, deverá cumprir uma pena branda após causar a morte do entregador de aplicativo Wilkinson Leles do Nascimento, de 38 anos, em 2022, na Vila São José, de Anápolis.
A decisão foi dada em segunda instância e ele cumprirá 5 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto.
No dia do crime, o advogado trafegava bêbado e colidiu em cheio o carro dele contra a motocicleta da vítima (que era pai de família e deixou um filho de 12 anos).
Sérgio fugiu do local do crime sem prestar socorro e foi liberado ao se apresentar à Polícia Civil de madrugada para evitar ser preso na Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT) comandada por Manoel Vanderic.
A situação gerou uma crise na PC e foi amplamente criticada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que prometeu investigar a soltura.
A defesa de Sérgio foi liderada pelo ex-promotor de Justiça, Demóstenes Torres, que conseguiu habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quando o advogado chegou a ser preso em 2022.
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Desde o início, o advogado obteve vitórias sucessivas na Justiça. A principal foi convencer desembargadores do TJGO a derrubar a decisão de uma juíza da comarca de Anápolis, que havia determinado que ele enfrentasse júri popular.
Se condenado por homicídio doloso com o agravante da omissão de socorro, a pena de Sérgio Fernandes de Moraes poderia chegar a 15 anos de reclusão – -mais que o dobro da pena estabelecida para ser cumprido em regime semiaberto, em que a pessoa fica livre de dia e presa à noite para dormir.