Humberto Teófilo faz mais uma vítima e causa revolta na classe médica goiana
Ação do "delegado influencer" se soma a várias outras, como a prisão de uma advogada acusada de furtar uma bolsa, a divulgação da prisão de um sargento da PM e a exposição de um empresário acusado de dopar e estuprar um jovem


O histórico de ações arbitrárias do delegado da Polícia Civil (PCGO), Humberto Teófilo, lotado em Goiânia, ganhou mais uma vítima. Isso porque a médica Bianca Borges Butterby foi presa por um suposto exercício irregular da medicina, uso de medicamentos irregulares, propaganda enganosa e falsificação de medicamentos.
Essa ação se soma a várias outras, como a prisão de uma advogada acusada de furtar uma bolsa, a divulgação da prisão um de sargento da PM, a exposição de um empresário acusado de dopar e estuprar um jovem após um show. Esses foram apenas alguns dos casos espetacularizados pelo “delegado influencer”, que não esconde as aspirações políticas e permanece impune.
A “bala da vez” foi Bianca que, mesmo formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) com especialização em Nutrologia, foi tratada como uma grande criminosa e acabou não só presa, mas também exposta nas redes sociais. Além de ser levada à Central de Flagrantes algemada, como se oferecesse alguma ameaça, teve que ouvir que fez “cursos de final de semana”.
Ao contestar a competência da profissional, a PCGO tomou o lugar que deveria ser ocupado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (CREMEGO), e a Justiça, que deveria colocar uma lupa sobre o caso, acatou o pedido de prisão e arbitrou uma fiança ilegal de R$ 250 mil, que acabou sendo reduzida para cerca de R$ 15 mil a pedido da defesa.
Rápidas entrou em contato com a defesa da Bianca Borges, coordenada pelo advogado Darô Fernandes, e descobriu que ela se encontra internada desde o dia seguinte à prisão, enfrentando esclerose e disfunções renais. Mesmo hospitalizada, ela ainda teve que ficar algemada e escoltada pela polícia.
Apesar da defesa feita pelo entidade a nível estadual, o Conselho Federal de Medicina (CFM) sequer se manifestou sobre o caso, gerando revolta classe médica, que cobra ações mais contundentes pela colega.
Ainda em tratamento, Bianca busca se recuperar para voltar ao exercício da profissão, mesmo ciente dos estragos contra a reputação que está sofrendo desde a prisão.
A defesa da médica ainda reforçou que todos os medicamentos que ela utilizava tinham a devida procedência, sem qualquer tipo de falsificação e sem a realização de propaganda enganosa pela profissional.
Nota do Cremego desmente cabalmente Humberto Teófilo
A profissional está regularmente inscrita no Conselho e exerce sua atividade médica de forma legal, em clínica também devidamente regularizada.
Até o momento, não temos qualquer comprovação de divulgação de especialidade médica não registrada no Conselho. Ainda que isso tivesse ocorrido, a apuração ética seria de competência exclusiva do Cremego e jamais justificaria a prisão da médica.
Ontem, o Cremego realizou fiscalização no local, conduzida dentro das normas regimentais, éticas e legais, sem qualquer favorecimento, ao contrário do que foi injustamente acusado pelo delegado responsável pela ação.
A atuação do médico fiscal do Cremego seguiu todos os protocolos exigidos, e não houve qualquer indício de omissão ou conduta irregular por parte do Conselho.
O Cremego vai instaurar uma sindicância para apurar se há indícios de infração ética na conduta da médica ou no funcionamento da clínica onde atua
Reafirmamos que não há tipificação legal para a prisão da médica nos termos divulgados. Se a motivação foi o suposto exercício ilegal da medicina, ela não se sustenta. Trata-se de uma injustiça, que agride não apenas a profissional, mas também a própria medicina goiana.
Por isso, repudiamos a forma arbitrária e midiática com que o caso foi conduzido, e já entramos em contato com a Polícia Civil solicitando que corrija o grave abuso cometido com a prisão da profissional, que inclusive teve suas medicações retiradas, mesmo estando em condição de saúde delicada.
Escolhas de Mabel para cultura recebem críticas da comunidade
Agentes e fazedores culturais de Goiânia levantaram uma polêmica pelas 6 nomeações de secretários e assessores que irão atuar no julgamento dos projetos que serão financiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, feitas pelo prefeito Sandro Mabel (UB).
Segundo o setor, nenhum deles teria uma real atuação na cultura goianiense, o que demonstra a falta de zelo pela categoria. Ações já estariam sendo articuladas perante o Ministério Público (MP).
O retorno de Márcio Corrêa para Anápolis
Em viagem pelo exterior, acompanhado do vice-governador Daniel Vilela (MDB), o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), deve retornar às atividades só na quinta-feira (29).
A comitiva irá passar pela Estônia, Finlândia e Singapura, participando de eventos ligados à gestão pública.
Motoristas de aplicativo lançam campanha “rode off-line”
Em âmbito nacional, motoristas de aplicativo, insatisfeitos pelas baixas tarifas, lançaram a campanha “fique off” ou “rode offline”, que tem como objetivo causar uma aparente redução na oferta de motoristas e aumentar os preços das corridas.
Segundo os organizadores, esse aumento no preço sairia da parte da Uber e da 99, sem afetar os passageiros, e se faz necessário pela falta de reajustes nas tarifas. Primeiras mobilizações já estariam dando resultado.
Nota 10
Para Jorge Kajuru (PSB), por propor o fim da reeleição no Brasil e se comprometido deixar a carreira política — independentemente da aprovação do projeto. A conferir.
Nota Zero
Para Equatorial Energia, pelas recorrentes quedas no fornecimento registradas em Anápolis. No último final de semana, a vítima foi a região Norte.