Homem perde emprego após atender chefe enquanto dirigia

Quando o celular toca, até o chefe vira vilão, e o emprego pode ir por água abaixo

Se você já pensou em atender aquela ligação importante enquanto dirige, saiba que essa escolha pode custar caro, até o emprego. Foi exatamente isso que aconteceu com um motorista em Governador Valadares (MG), cujo episódio viralizou ao ganhar repercussão nacional.

O homem foi flagrado pelas câmeras internas do veículo, instaladas para garantir segurança e fiscalização, atendendo uma ligação do seu próprio chefe enquanto dirigia. Apesar da chamada vir da chefia, essa atitude violou normas internas da empresa e, claro, o Código de Trânsito Brasileiro.

Homem perde emprego após atender chefe enquanto dirigia

A defesa do motorista alegou que ele trafegava em baixa velocidade e que, por ser suplente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), teria estabilidade provisória no emprego. Nada disso convenceu a Justiça do Trabalho.

A demissão por justa causa foi mantida, fundamentada nos incisos “e” (negligência) e “h” (ato de indisciplina) do artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A empresa provou que todos os motoristas são orientados a manter o celular guardado durante o trajeto e a utilizar o rádio para comunicação, evitando distrações perigosas. Ou seja, mesmo sendo o chefe do outro lado da linha, o motorista poderia (e deveria) ter ignorado a chamada até parar o veículo.

Essa decisão reforça um ponto crucial: estabilidade provisória da CIPA não é carta branca para descumprir regras de segurança. A Justiça destacou que o papel dessa estabilidade é proteger contra demissões arbitrárias, não contra faltas graves.

Além disso, o uso das câmeras internas comprova como a tecnologia se tornou uma aliada importante para a segurança nas frotas empresariais, protegendo vidas, evitando acidentes e garantindo a aplicação das normas.

O episódio é um alerta para quem acha que pequenas infrações podem passar despercebidas. No trânsito e no trabalho, a prevenção sempre vem em primeiro lugar, e a desatenção pode custar caro, às vezes mais do que um simples “alô”.

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