Bar diz à polícia da onde veio as garrafas de bebida batizadas com Metanol
Dono de estabelecimento nos Jardins admite compra de vendedor de rua e caso vira alvo de investigação

A interdição de um bar tradicional na região dos Jardins, em São Paulo, acendeu o alerta sobre o comércio clandestino de bebidas.
O Ministrão, localizado na Rua Ministro Rocha Azevedo, foi alvo de uma operação da Polícia Civil em conjunto com a Vigilância Sanitária, que apreendeu diversas garrafas suspeitas de conter metanol. O material agora será analisado pela Polícia Científica.
Durante a ação, o diretor do Centro de Vigilância Sanitária do Estado, Manoel Bernardes, revelou que o próprio estabelecimento confirmou ter adquirido destilados de vendedores de rua, sem qualquer nota fiscal.
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“Bebida quente é difícil comprar. A gente pega desses caras que vendem na rua, mas são conhecidos”, afirmou.
O proprietário, Zé Rodrigues, acabou conduzido à delegacia. Negou irregularidades, mas não escondeu a surpresa com a repercussão. “Não sei se a vodka é falsa. No meu comércio nunca entrou. Fiquei triste que o laudo saiu hoje”, disse.
A Secretaria Estadual da Saúde confirmou a interdição e informou que o bar pode sofrer penalidades que vão de multa até fechamento definitivo. A Polícia Civil investiga ainda se as garrafas apreendidas têm ligação com mortes suspeitas por intoxicação registradas em São Paulo.
O episódio levou o Ministério da Justiça e Segurança Pública a emitir uma recomendação urgente para todo o setor de bares, restaurantes, hotéis, mercados e até aplicativos de entrega. O alerta pede atenção a sinais claros de adulteração, como lacres tortos, rótulos com erros de impressão e preços muito abaixo do mercado.
Segundo o documento, também devem ser tratados como indícios de possível envenenamento sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea.