Navio com quase 3 mil vacas fica à deriva por dois meses após não poder atracar e é tomado por forte odor e enxames de moscas
Um navio aparentemente comum esconde um drama escaldante que se arrasta no mar

Um cargueiro carregado com cerca de 2.900 vacas prenhas segue em uma situação alarmante há quase dois meses, desde que teve a entrada negada no porto de Bandirma, na Turquia.
A embarcação, chamada Spiridon II e registrada sob bandeira do Togo, partiu de Montevidéu (Uruguai) em 20 de setembro com destino ao Mediterrâneo, mas foi barrada em 22 de outubro por autoridades turcas, gerando um impasse que levou ao confinamento animal em condições depressivas.
Relatos de moradores locais e de organizações de bem-estar animal descrevem um cenário crítico: odor insuportável, enxames de moscas e acúmulo de sujeira e fezes nos porões abafados do navio.
Ao menos 58 vacas morreram desde o início da viagem, segundo a Animal Welfare Foundation (AWF), da Alemanha, que também reporta que cerca de 140 filhotes nasceram, embora não haja confirmação sobre quantos sobreviveram.
A origem do bloqueio está em discrepâncias nos certificados sanitários exigidos pelas autoridades turcas: foram reportadas irregularidades na identificação de centenas de animais, com brincos ou chips eletrônicos faltando ou não coincidindo com os registros.
Após pressão internacional, a Turquia autorizou uma parada temporária para reabastecimento, mas exigiu que o navio retornasse ao Uruguai, uma viagem de 32 dias que deve agravar ainda mais as condições já degradadas a bordo.
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