Uma vida no vermelho? Estes são os dois semáforos com os maiores tempos de espera em Anápolis
Sistema tradicional trabalha com tempos fixos, então mesmo com a outra via vazia, motoristas acabam ficando "presos" sem necessidade
De motoristas que não respeitam leis a até aqueles mais desligados, qualquer coisa pode virar motivo de briga e discussão no trânsito de Anápolis. Porém, se tem algo que une todos os condutores da cidade, é a angústia e até mesmo preguiça em determinados semáforos da cidade, que parecem “viver no vermelho”.
Para quem circula com frequência pelas ruas, especialmente atrás do volante, a impressão é de que alguns sinaleiros levam muito mais tempo do que outros, contribuindo ainda mais para o estresse no vai e vem dos carros.
Foi motivado por este sentimento que o Portal 6 conversou com o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), Igor Lino Siqueira, que explicou um pouco mais sobre o sistema semafórico da cidade.
“Antes é preciso entender como funciona o semáforo. O sistema tradicional funciona com base em tempos fixos, definidos previamente a partir de estudos de fluxo de veículos e pedestres”, explicou.
Ou seja, o tempo que cada sinal passa no verde e vermelho é calculado com base em estudos prévios de fluxo, como horário de pico, tipo de via, volume médio de veículos, mas não muda em tempo real.
Assim, mesmo que a rua no outro sentido esteja vazia, o semáforo cumpre todo o tempo programado, podendo deixar motoristas presos no vermelho ainda que sem real necessidade.
Importante mencionar que cada conjunto de semáforos pode ser personalizado para uma contagem de tempo distinta a depender do horário do dia, mas que este diferencial é pré-programado, e não uma resposta “ao vivo”.
Sinais mais demorados
O presidente do CMTT afirmou que, em vias de maior fluxo, tempos maiores acabam se tornando uma necessidade para contribuir com a fluidez geral.
Assim, o cruzamento com o maior tempo de espera na cidade é o encontro entre a Avenida Juscelino Kubitschek e a Jamel Cecílio, em frente ao Posto Azet, com um ciclo de aproximadamente 1 minuto e 35 segundos.
Na sequência, os semáforos que marcam o encontro entre as Avenidas Fernando Costa, Presidente Kennedy e Tiradentes, na Jaiara, ficam com o segundo maior intervalo, de cerca de um minuto.
A nível de comparação, a média de todos os semáforos da cidade é de 45 a 50 segundos.
“Mesmo se pegar os mais demorados, a gente ainda considera que está otimizado. Claro, tem como melhorar, mas se for comparar com grandes metrópoles, como São Paulo, lá tem semáforos que levam 3 minutos”, comentou Lino.
Semáforos inteligentes
Ao contrário dos semáforos tradicionais, que funcionam através de programações fixas, o novo sistema ajusta automaticamente os tempos de sinalização com base na demanda real de tráfego.
“Assim, se a via estiver muito movimentada e a outra, que cruza, não tiver tráfego, o sistema reconhece essa ausência e deixa a via principal com o fluxo livre”, explicou.
A previsão é de que, até o final do primeiro semestre de 2026 mais três modelos do tipo sejam instalados nos cruzamentos da Avenida Brasil com a Amazílio Lino; Avenida Brasil com Engenheiro Portela; e Avenida Mato Grosso com a Visconde de Taunay.
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