Médicos explicam por que tomar relaxante muscular após o treino pode ser um erro

Uso comum após exercícios pode mascarar lesões, atrapalhar a recuperação e trazer riscos à saúde

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Médicos explicam por que tomar relaxante muscular após o treino pode ser um erro
(Foto: Marcello Casal JR / Agência Brasil)

Após um treino intenso, é comum sentir dores musculares, rigidez e desconforto no corpo. Diante disso, muitas pessoas recorrem aos relaxantes musculares acreditando que eles ajudam na recuperação e aliviam mais rápido a dor. No entanto, médicos alertam que esse hábito, apesar de popular, pode ser um erro e até prejudicar os resultados do exercício.

Segundo especialistas, a dor muscular após o treino é, na maioria dos casos, uma resposta natural do corpo ao esforço físico. Ela indica microlesões nas fibras musculares, que fazem parte do processo de adaptação e fortalecimento. Quando o relaxante muscular é usado sem orientação médica, ele pode apenas “anestesiar” o problema, sem tratar a causa real.

Além disso, ao mascarar a dor, o medicamento pode levar a pessoa a forçar ainda mais o músculo lesionado. Isso aumenta o risco de lesões mais graves, como estiramentos, inflamações e até rompimentos musculares, especialmente se o treino for retomado sem o descanso adequado.

Outro ponto importante é que os relaxantes musculares atuam no sistema nervoso central, provocando efeitos como sonolência, diminuição dos reflexos e sensação de fraqueza. Após o treino, quando o corpo já está cansado, esses efeitos podem ser ainda mais intensos, aumentando o risco de quedas, acidentes e queda de desempenho em atividades do dia a dia.

Os médicos também destacam que o uso frequente desse tipo de medicamento pode atrapalhar o processo natural de recuperação muscular. O corpo precisa da inflamação controlada para se regenerar e se tornar mais forte. Ao interferir nesse processo, o relaxante pode atrasar a recuperação e comprometer a evolução nos treinos.

Em vez de recorrer aos medicamentos, especialistas indicam alternativas mais seguras e eficazes para aliviar o desconforto pós-treino. Descanso adequado, hidratação, alongamentos leves, compressas frias ou mornas e uma alimentação equilibrada costumam ser suficientes para ajudar o corpo a se recuperar naturalmente.

Os relaxantes musculares só devem ser usados quando há indicação médica clara, como em casos de espasmos intensos ou condições específicas. Fora isso, o uso por conta própria pode trazer mais prejuízos do que benefícios.

Em resumo, sentir dor após o treino nem sempre é algo negativo. Na maioria das vezes, é apenas um sinal de que o corpo está se adaptando. Respeitar esse processo é fundamental para evoluir com segurança e evitar problemas no futuro.

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Isabella Valverde

Isabella Valverde

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com passagens por veículos como a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado. É editora do Portal 6 e especialista em SEO e mídias sociais, atuando na integração entre jornalismo de qualidade e estratégias digitais para ampliar o alcance e o engajamento das notícias.

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