Exame toxicológico da CNH: médicos alertam candidatos sobre as 5 substâncias proibidas que passam a ser detectadas em 2026
Mudança amplia a exigência do exame para todas as categorias, incluindo A e B, e aumenta o rigor na análise do histórico de uso de drogas

A partir de 2026, o exame toxicológico da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passa a ter regras mais rígidas e alcance ampliado.
Além de continuar obrigatório para motoristas das categorias C, D e E, o exame também será exigido para candidatos às categorias A e B, que incluem motociclistas e condutores de carros de passeio.
Contudo, a mudança tem gerado alerta entre médicos e especialistas em trânsito, que chamam atenção para o fato de que o exame não detecta apenas uso recente, mas sim o histórico de consumo de substâncias ao longo de meses.
Quem será obrigado a fazer o exame toxicológico
Com a nova regra, o exame passa a ser exigido para:
- Primeira habilitação nas categorias A e B;
- Renovação, mudança ou adição de categoria;
- Motoristas das categorias C, D e E, como já ocorre atualmente.
O objetivo é ampliar a segurança no trânsito e reduzir acidentes relacionados ao uso de drogas.
As 5 substâncias proibidas detectadas no exame
Segundo médicos do tráfego, o exame toxicológico identifica substâncias psicoativas que comprometem reflexos, atenção e capacidade de reação. As principais são:
Canabinóides
Substâncias derivadas da maconha, incluindo THC e seus metabólitos.
Cocaína e derivados
Inclui cocaína, crack e benzoilecgonina, principal metabólito detectado.
Anfetaminas e metanfetaminas
Grupo que inclui rebites, ecstasy (MDMA) e outras drogas estimulantes.
Opiáceos
Como morfina, codeína, heroína e substâncias semelhantes.
Estimulantes específicos, como mazindol
Substância utilizada em alguns medicamentos para emagrecimento, proibida ao volante sem controle rigoroso.
Médicos alertam que o uso ocasional também aparece no exame, mesmo que tenha ocorrido fora do ambiente de trabalho ou semanas antes da prova.
Como funciona o exame toxicológico
O teste é feito a partir de amostras de cabelo ou pelos do corpo, o que permite uma chamada “janela larga de detecção”, que pode identificar o uso de drogas em um período médio de 90 a 180 dias.
Por isso, não adianta apenas ficar alguns dias sem consumir substâncias. O exame analisa o histórico prolongado do organismo.
O que acontece se o exame der positivo
Caso o resultado seja positivo, o candidato:
- Fica impedido de obter ou renovar a CNH;
- Precisa cumprir prazo mínimo para refazer o exame;
- Pode sofrer sanções administrativas, conforme o caso.
Especialistas reforçam que o exame tem caráter preventivo e busca reduzir riscos de acidentes graves.
Atenção redobrada em 2026
Com a ampliação da exigência para todas as categorias, médicos recomendam que candidatos e motoristas se informem com antecedência e evitem qualquer contato com substâncias proibidas meses antes do exame.
Além disso, também é importante comunicar ao laboratório o uso de medicamentos prescritos, para evitar dúvidas na análise.
A nova regra marca uma mudança significativa no processo de habilitação no Brasil e exige mais responsabilidade de quem pretende dirigir a partir de 2026.
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