Ser mãe é maravilhoso, mas não somos perfeitas. Vamos aceitar isso?

Carlos Henrique Carlos Henrique -
Ser mãe é maravilhoso, mas não somos perfeitas. Vamos aceitar isso?

Filhos são dádivas dos céus. A maternidade é um chamado.

Nossos filhos nos foram emprestados para que através de nossa vivência fossem impressos em seus corações ensinamentos que gerem Vida no ser de cada um deles.

Filhos são seres em construção e que também nos constrói. Nos constrói pois estamos sempre sendo impulsionadas a ser o melhor que podemos – e ser o melhor não é ser perfeita, mas sem cera, inteiros no amor, nas intenções, nas motivações e nos significados.

O zelo por suas vidas não pode ser encarado como barganha posteriormente. Tudo que fizermos por suas vidas façamos como se fosse ao Senhor, de fato não somos detentoras e possuidoras dos seus caminhos. E por falar em Caminho, nossa herança precisa aprender sobre o temor e amor a Deus.

A maternidade nos ensina sobre o amor incondicional, e tal amor nada exige em troca. O amor-amor íntegro que por Deus é gerado em nós por nossos rebentos, nos ensina a entregar. E entregar em total confiança ao mesmo Deus que gerou a eles em nosso ser.

Porquê da entrega? Porque Deus sabe o que é o melhor para nossos filhos! No oculto Ele formou, entreteceu e configurou cada célula de seus corpinhos em nosso ventre, de forma assombrosamente maravilhosa, com a paciência e dedicação de um artesão, e, mesmo ainda informes, tudo a respeito deles já estava escrito em Seu Livro!

Muitas mulheres por assumirem um papel tão importante como o da maternidade, acreditam também ser onipotentes quanto à vida de seus filhos, mas não são. E não são pois todos falhamos e carecemos da bondade, da graça, da glória, do perdão, do moldar, do refazer, da restauração, do discernimento.

Nós mulheres quando assumimos o papel de mãe, não precisamos nos entregar à manipulação e à vitimização como se disso dependesse a organização familiar. O que precisamos apenas é ser de verdade, na Verdade que dela necessitamos para viver, e em vivendo, sendo.

Não temos o controle de nossas próprias vidas, que dirá a de nossos filhos. Perdida fica a mãe que seu deus é tão pequeno e inútil, do qual não é digno de confiar-lhe a vida de seus filhos. Que tristeza e loucura na vida da mãe que precisa ser o “deus” na vida de seus filhos, com sede de controle, nunca dando a eles a chance de cumprirem o chamado da Vida em sua existência, e que jamais confiam na Soberania de Deus e no amor imensurável pelo seus filhos, que por amor a eles entregou o Seu Unigênito.

Que falta de juízo e sabedoria da mãe que castra todo o potencial que seus filhos tem de romper limites, de vencer na vida, de construir família, de conquistar além do que ela mesmo conseguiu, pois o medo a faz construir barreiras para que isso não seja possível. Mas quando essa mesma mãe aprende, compreende e discerne que o verdadeiro amor lança fora o medo e tem consciência de que todas as sementes plantadas no coração de seus filhos foram de excelente escolha, sabe que germinará e a colheita será magnífica. E nisso estará a sua honra! Quando seus filhos se tornarem a sua melhorada versão enquanto viver!

Não podemos como mães guardar nossos filhos para nós mesmas, querendo que eles realizem nossas expectativas, nossas escolhas, muito menos tentar viver nossas vidas e idealizações através deles. Pelo contrário, devemos encorajá-los a seguirem o Caminho que já foi traçado por Deus na vida deles. Cada ser humano nessa terra, mesmo os que foram gerados em nosso ventre, tem algo que é somente dele, uma missão na existência que deverá cumpri-lo – não são nossas posses inalienáveis.

Ensinar aos filhos desde pequenos que o amor a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo é o padrão de vida a ser seguido e aplicado em sua realidade individual, assim estará agradando a Deus e aprendendo a ter uma vida frutífera e desapegada dos padrões que o mundo impõe veladamente, por vezes escancarada e explicitamente perversa.

Entregue seus filhos ao Senhor, ensine-os no caminho correto, saiba que esse é seu legado principal na vida deles. Essa responsabilidade não pode ser terceirizada. Ame-os de verdade, o amor de entrega, não mascare a “dependência-emocional-filial” chamando-a de amor incondicional, impondo sobre os filhos a árdua obrigação de lhe fazer feliz. As amarguras, as dificuldades, os sofrimentos, as frustrações, as competições, nada disso pode inflamar em nossos corações, fazendo com que sejam projetados em nossos filhos.

Quando enxergarmos que nossas crias vieram pra nos ensinar também a trilhar o Caminho da cura na alma, do perdão, da sinceridade, do olhar que vai além das aparências, do resgate da verdade de ser, do não-fingimento e sim da transparência, então alcançaremos a cada amanhecer sabedoria. Que nossos corações não resistam à transformação que nos melhorará quanto gente!

Quem você é, determina o que você faz na vida de seus filhos. Como pessoas somos falhos, mas vestidos da Graça, podemos fazer a diferença positiva começando em cada coraçãozinho que nos foi entregue a responsabilidade de cuidar em nosso lar, liberando nossos filhos a serem benção aonde quer que forem e realizarem!

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