Condenado por estupro, ex-estudante da UFG volta a assediar pelas redes sociais
De Anápolis, rapaz diz que é produtor cultural e promete empregos de modelo a mulheres mas intenção é outra
Um velho conhecido da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Goiânia voltou a atacar. Se trata de Hugo Rodrigues da Cunha Silva, de 25 anos, ex-estudante de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás e morador de Anápolis.
Se apresentando como Hugo Rodriguez (com ‘z’ mesmo), o rapaz diz que é produtor cultural e promete empregos de modelo a mulheres. Tudo pelas redes sociais, como WhatsApp e Messenger do Facebook. Já condenado a seis anos de cadeia por estupro após ser reconhecido por 14 vítimas, o rapaz mais uma vez é assunto na imprensa do estado.
Ao O Popular, Vitória Mendes, de 21 anos, contou que recebeu um convite de Hugo para um teste de moda e teatro, mas não pôde responder uma mensagem enviada por ele por estar em um ensaio. A partir daí, segundo ela, iniciaram as perseguições.
“Foi um inferno na terra! Me mandou inúmeras mensagens e me ligou 04h”, desabafou. Vitória ainda não prestou queixa na polícia, mas uma comissão da seccional Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) já disse que enviará ofício à DEAM para saber como estão investigações dos mais de 30 casos relacionado a Hugo.
Em relato, algumas vítimas contaram que foram convencidas até a mandarem fotos para Hugo e que quando negavam, recebiam xingamentos e ameaças.
Soltura
Quando esteve preso no presídio de Anápolis, em 2014, a defesa de Hugo recorreu a sentença em primeiro grau após o vazamento de um vídeo em que o condenado aparece apanhando e sendo violentado por outros presos.
A delegada Ana Elisa Gomes Martins, titular da DEAM de Goiânia, relatou que o anapolino pratica crimes de menor potencial desde que saiu da prisão.
“Os registros contra ele são pelos crimes de ameaça, injúria e difamação, que são registrados por Termo Circunstanciado de Ocorrência. Não há restrição de liberdade nesses casos”.
A delegada ainda informou que há procedimentos contra ele na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Anápolis e nas Delegas de Atos Infracionais (DEPAI) de Goiânia e Anápolis.