Como os presidenciáveis abordaram a morte da vereadora Marielle Franco
Análise de Thales Moura traz o raio-x do que os principais candidatos disseram. Apenas um ignorou o crime
O assassinato de uma vereadora carioca em plena intervenção militar no Rio de Janeiro, e às véspera das eleições gerais no Brasil, correu o mundo. A investigação já descobriu que a munição usada pertence a um lote da Polícia Federal. A tragédia ainda é recente e a opinião pública está digerindo o caso.
Porém, uma coisa é fato: o modo como se vê a morte de Marielle Franco (PSOL/RJ) e seu motorista diz muito sobre nós e ainda mais sobre nossos representantes. A forma como os presidenciáveis lidam com essa notícia denota a forma como eles encaram esse crime.
Por isso mesmo, pesquisei como cada candidato ao Palácio do Planalto tratou do assunto em suas páginas no Facebook, a rede social que os eleitores possuem mais contato com eles.
Ciro Gomes (PDT)
Falou por duas vezes, em textos detalhados. Um dele e outro por uma nota do partido.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Status de cinco linhas. Pediu punição aos envolvidos.
Jair Bolsonaro (PSL)
Nenhuma palavra. Sua página está focada de outros assuntos.
João Amoedo (Novo)
Status de três linhas. Deixou seus “sentimentos”. Não pediu investigação.
Lula (PT)
Fez três publicações a respeito. Pediu punição e protestos. Comparou-se a ela em outro momento, dizendo que os problemas dele “são pequenos comparado à atrocidade de Marielle”.
Henrique Meirelles (PSD)
Nenhuma palavra. O atual ministro da Fazenda não atualiza a fan page dele com frequência.
Marina Silva (REDE)
Fez um vídeo de 2:40 homenageando a vereadora e cobrando uma investigação.
Guilherme Boulos (PSOL)
Fez dez publicações. O correligionário da vereadora também carregou o caixão dela.
Rodrigo Maia (DEM)
Publicou um status de oito linhas. Pediu “Justiça” e “paz”
Manuela D’ávila (PC do B)
A comunista fez 18 postagens sobre o tema entre posicionamentos, transmissões ao vivo de atos em protesto à morte da vereadora e compartilhamento de notícias sobre o caso. A primeira nota de Manoela lamentou o ocorrido e cobrou ‘apuração já’.
Vera (PSTU)
Fez cinco publicações. Vídeos, notas do partido, pedindo investigação e punição.
Álvaro Dias (Podemos)
Fez duas postagens, incluindo um vídeo, sobre o assunto. Chamou o crime de bárbaro e lamentou também os crimes que ‘não ganham o noticiário nacional’, mas que ocorrem todos os dias.
Thales Moura é bacharel em Direito pela UniEvangélica e mestrando em Comunicação pela UFG