O que está acontecendo com motoristas bêbados que tentam dar carteirada em Anápolis
Titular da DICT, Manoel Vanderic também comentou sobre outra atitude que tem levado anapolinos direto para delegacia
Beber e dirigir é uma combinação perigosa e gravíssima, que pode resultar em uma série de consequências, como acidentes fatais para o motorista, passageiros e até terceiros.
E, apesar disto, esse ainda é um hábito de muitos anapolinos, que semana após semana são flagrados bêbados por policiais da Delegacia de Trânsito (DICT), durante a Operação Direção Consciente.
De acordo com o delegado Manoel Vanderic, titular da DICT de Anápolis, também é muito comum encontrar pessoas neste estado que tentam aplicar carteirada, utilizando de privilégios na expectativa de evitar a prisão.
Resguardado pela Lei, que prevê fiança de um a 100 salários mínimos para pessoas que dirigem embriagadas, e que deve ser arbitrada conforme capacidade econômica e gravidade da conduta, o delegado tem adotado uma medida diferente para quem demonstra essa postura.
“Tento me pautar pela profissão, pelo salário e pelo carro, mas acontece muito de a gente fazer a abordagem e o motorista alegar que não sabemos com quem estamos mexendo, que é uma pessoa poderosa, que tem família importante. Neste caso digo que é ótimo, porque uma pessoa tão influente, de alta sociedade e com tantos conhecidos, pode pagar uma fiança mais alta”, afirmou.
Em todas as situações em que os motoristas tentam dar essa carteirada, a ação é gravada integralmente pelos policiais e os registros usados como justificativa para fixação do preço mais elevado de uma fiança.
“A própria Lei estipula que é a capacidade econômica que define o valor. Fazendo isso, o motorista faz uma prova contra ele mesmo, mostrando que é rico e pode pagar mais caro. Lembrando que isso não é algo que eu inventei e sim que está previsto na Lei”, disse.
Em tempo
Além das carteiradas, os agentes responsáveis pela Direção Consciente ainda têm encontrado dificuldades para a realização do teste do bafômetro. Por isso, são obrigados a tomar providências ao menor sinal de embriaguez.
“Antes tínhamos que liberar o motorista mesmo se ele estivesse caindo de bêbado e se recusasse a fazer o teste. Hoje, o bafômetro tem a mesma hierarquia que prova testemunhal, exame clinico, vídeo ou foto. Quando abordamos alguém, se essa pessoa tem sinal de embriaguez e se recusa a assoprar, ela vai ser presa. O bafômetro agora é uma garantia para o motorista demonstrar que o teor dele não está acima do limite criminal”, explicou.
Motoristas abordados só podem seguir viagem se o bafômetro apontar um índice menor que 0,34mg/l de álcool no organismo.