Suspeito de explodir bomba em casal de Anápolis, homem é preso por assassinato
Ao Portal 6, TJ-GO explicou porque ele já não estava na cadeia
A Polícia Militar (PM) de Goiânia prendeu nesta terça-feira (03) um homem de 37 anos que confessou ter matado um motorista de aplicativo com um golpe de faca.
A vítima, identificada como Ismael Ribeiro, tinha 55 anos e estava trabalhando na plataforma há uma semana.
Imagens colhidas pela polícia mostram o suspeito, Uingles Queiroz Costa, colocando um capuz, atingindo o motorista, que aguardava por um passageiro, e fugindo.
Mesmo ferido, Ismael dirigiu na contramão até um hospital, que fica há 200 metros do local do crime. Ele bateu com o veículo no vidro da recepção e foi socorrido, mas não resistiu.
Essa, no entanto, não é a primeira vez que Uingles tem problemas com a Justiça. É que ele foi preso em 2013 suspeito de cometer outros dois crimes.
O primeiro aconteceu Avenida Barão do Rio Branco, no Centro de Anápolis, quando um casal aguardava que o semáforo se abrisse e um ciclista, que seria Uingles, atirou uma bomba dentro do carro, que explodiu em segundos.
A cena foi toda gravada por câmeras de segurança e, na época, a garota teve 42% do corpo queimado, e o namorado 32%. Ambos ficaram internados por vários dias na UTI do Hospital de Queimaduras da cidade.
Dias depois, o homem, que é catador de materiais recicláveis, foi pego em flagrante por ter explodido uma bomba caseira dentro de um ônibus. Na ocasião, ele confessou o episódio do ônibus, mas negou ter jogado a bomba no casal de Anápolis.
Uingles chegou a ser condenado pela Justiça a quatro anos de reclusão pelo ataque ao transporte coletivo. Já o caso envolvendo o casal foi arquivado.
Ao Portal 6, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que o arquivamento se deu após o réu ter sido diagnosticado com esquizofrenia e, em maio de 2015, tido a pena alterada por uma medida de segurança para a realização de um tratamento no Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili).
No entanto, Uingles nunca foi encontrado e o programa sugeriu que a medida fosse extinta, uma vez que no período de dois anos não foi apurado nenhum fato ilícito cometido por ele.