Sindicato nega recusa de médicos concursados e publica nota de repúdio contra Roberto
Prefeito revelou em cerimônia de inauguração que os concursados não querem trabalhar no combate ao novo coronavírus
O Sindicato dos Médicos de Anápolis (SIMEA) divulgou neste sábado (28) uma moção de repúdio em resposta ao prefeito Roberto Naves (PP), que na manhã de ontem (27) revelou que existem médicos concursados resistindo a trabalhar na força-tarefa de combate ao novo coronavírus no município.
Publicada no site da categoria, o texto afirma que não houve recusa e que não há treinamento e condições de trabalho para que esses profissionais atuem no combate à pandemia.
O sindicato também justificou que o que a categoria não quer é colocar vidas em risco.
“O fornecimento de condições de trabalho aos profissionais de saúde não é apenas questão de respeito ao ser humano, mas uma obrigação de um administrador público, que se utiliza de acusação irresponsável para se furtar do cumprimento de suas obrigações”, escreveu.
“Este momento de crise é de união pelo bem comum e não aproveitar para jogar a população contra a categoria para encobrir a má gestão que tem causado o sucateamento da saúde no Município”, finalizou.
Veja a moção na íntegra
O Sindicato dos Médicos de Anápolis torna pública a moção de repúdio à falsa acusação de covardia externada ontem pelo Prefeito de Anápolis, Roberto Naves e Siqueira aos médicos servidores públicos municipais que questionaram a determinação da Secretaria de Saúde Municipal de trabalharem sem os equipamentos de proteção individual, bem como de realizarem procedimentos para os quais não foram treinados.
A categoria esclarece à população anapolina que jamais se furtou a realizar suas obrigações, especialmente neste momento de epidemia pelo COVID-19.
O fornecimento de condições de trabalho aos profissionais de saúde não é apenas questão de respeito ao ser humano, mas uma obrigação de um administrador público, que se utiliza de acusação irresponsável para se furtar do cumprimento de suas obrigações.
O que limita a atuação do médico é a capacidade técnica de realização de procedimentos sem a habilitação específica, que colocará em risco a saúde do paciente, além de expor o profissional à infração ao Código de Ética Médica.
Este momento de crise é de união pelo bem comum e não aproveitar para jogar a população contra a categoria para encobrir a má gestão que tem causado o sucateamento da saúde no Município.