“Cancelamento” na internet: entenda o fenômeno que chegou em Anápolis após polêmica com influencer
Mestre em comunicação pela UFG, Thales Moura explica porque a polêmica sempre começa pelo Twitter
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Polêmicas recentes envolvendo figuras conhecidas de Anápolis colocaram a cidade no topo das discussões no Twitter, rede social que a cada dia mais ganha força na chamada “cultura do cancelamento”.
Artistas, pessoas públicas, influencer’s e até mesmo perfis de marcas são observados de perto pelos internautas diariamente. Um mero vacilo, seja de ordem moral, ética ou até política, pode custar muito caro.
A fim de entender melhor como esse fenômeno acontece, o Tema de Hoje, podcast diário do Portal 6, desta quarta-feira (24) conversou com Thales Moura, mestre em comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Ele explicou que o acontecimento é recente, típico dos tempos modernos que vivemos, onde o posicionamento de tudo e todos é constantemente exigido.
Na entrevista, Thales destacou que o “cancelamento” de pessoas conhecidas se dá por meio do boicote.
“Se você produz músicas, não ouço mais. Se produz filmes, não assisto mais. Se eu consumia algum produto seu, não consumo mais. E se eu admirava seu trabalho, agora eu te isolo ou até me torno um “hater” – alguém que odeia o trabalho”, pontuou.
O especialista em comunicação também comentou o porquê do fenômeno sempre começar no Twitter.
“Começa lá porque é muito rápido, é uma rede social muito ágil. Enquanto no Facebook as coisas demoram a chegar porque a linha do tempo não é mais cronológica, por exemplo.”
“No Twitter, os assuntos mais falados mudam a todo instante e o fenômeno do cancelamento exige isso – essa coisa da fofoca e da polêmica é muito ágil, e o Twitter é a rede social propícia para isso”, explicou.
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