Influencer de São Paulo narra que viveu experiência ‘traumática’ em visita a Anápolis

Caso foi registrado na Polícia Civil, suposto autor apresenta versão diferente e empresa garante que tomou atitude

Da Redação Da Redação -
Influencer de São Paulo narra que viveu experiência ‘traumática’ em visita a Anápolis

A digital influencer Aline Gonçalves, de 21 anos, usou o perfil do Instagram – que conta com quase 100 mil seguidores – para fazer uma grave denúncia sobre um caso que ocorreu em Anápolis.

Através dos stories, ela – que atualmente mora em São Paulo – relata que veio visitar alguns parentes no município goiano e que, no dia 24 de agosto, realizou uma viagem através do aplicativo 99 Pop.

O estopim para o início da confusão teria sido, de acordo com ela, um pedido de parada no banco para efetuar o pagamento da viagem.

O motorista de 37 anos, identificado aqui pelas iniciais R.S.L.S, teria então pedido o cartão dela, ao qual ela respondeu não ser possível, pois estava quebrado e teria que sacar o dinheiro via digital.

A recusa foi o suficiente para esgotar a paciência do condutor, que, segundo ela, começou a proferir diversos xingamentos e ameaças, afirmando que ela estaria tentando ‘roubá-lo’ e não pagar a corrida.

Foi aí que o caso ganhou novas proporções. Isso porque a jovem afirmou que o homem entrou em contato com outras duas pessoas pedindo que seguissem o carro, porque tinha uma “menina” querendo roubá-lo.

Ela conta ainda que ficou muito assustada e com medo após ouvir as respostas dos homens, questionando se a ação “seria naquele mesmo esquema”, seguida da afirmação de que já estariam acompanhando o trajeto.

Isso foi o suficiente para Aline tomar medidas drásticas. Nos stories, ela diz que esperou o primeiro cruzamento, onde o carro teria que diminuir a velocidade, para saltar do veículo.

Segundo ela, o motorista, ao perceber o que tinha acontecido, teria tentado dar ré com o carro e a atropelar, o que não aconteceu por meros centímetros.

Ele, então, desceu do veículo e pegou os pertences da moça no chão, como celular e bolsa, e se dirigiu de volta ao automóvel.

Aline diz que ainda tentou pegar os objetos de volta do homem, que se esforçou para empurrá-la de volta para o carro.

Três homens teriam visto a cena e partido em defesa da moça, mais ou menos ao mesmo tempo que os dois comparsas do motorista também chegaram, incendiando a confusão.

Os ânimos só se acalmaram após a chegada da Polícia Militar (PM), que encaminhou ambas as partes para a delegacia.

A jovem terminou seu relato afirmando ter tomado todas as medidas possíveis, inclusive tendo passado mais de nove horas dentro da delegacia prestando depoimentos e aguardando uma resolução.

Porém, de acordo com ela, a ocorrência foi encarada pelo órgão como um “mal-entendido”.

Aline também disse que só estava relembrando a história depois de tanto tempo porque chegou ao seu conhecimento, através de conhecidos, que o homem já teria uma fama de “estuprador” e que ela precisava alertar as garotas de Anápolis, já que o motorista seguia realizando as viagens normalmente.

Outro lado da história

Aos policiais militares que atenderam a ocorrência, o motorista afirmou que estava levando uma passageira até o banco e que ela apresentava um comportamento “histérico”.

Ele disse ainda que após questionar se a jovem realmente iria pagar pela corrida, ela saltou do veículo para o meio da rua e “aprontou um escândalo”, atraindo a atenção de várias pessoas.

Segundo ele, a cena fez com que três homens aparecessem com a intenção de agredi-lo, sendo que um deles até tinha um martelo e que queria danificar o carro.

Na ocasião, R.S.L.S afirmou à equipe policial que tinha o desejo de registrar criminalmente contra a moça, pelos crimes de calúnia e difamação, assim como contra um dos populares que teria tentado ajudá-la.

Diante da complexidade e diversidade dos fatos, a PM encaminhou ambos para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Aplicativo

Procurada pela reportagem do Portal 6, a 99 Pop disse lamentar o ocorrido e informou que o perfil do motorista foi bloqueado na mesma data que a denúncia de Aline foi registrada, no dia 24 de agosto.

A empresa também ressaltou ter “tolerância zero” contra qualquer tipo de violência e se colocou à disposição para colaborar com as investigações e também prestar qualquer tipo de esclarecimento à vítima.

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