‘Dona Neusa’: a obstinada mulher que teve o Auxílio Emergencial roubado em Anápolis
Ex-diarista, ela teve que abandonar a profissão para cuidar da mãe, já idosa e fragilizada. O marido, responsável por grande parte da entrada de dinheiro na família se acidentou e também não está trabalhando
Após a instauração da quarentena contra o avanço do novo coronavírus, uma das alternativas oferecidas pelo Governo como forma de suporte financeiro foi o pagamento do Auxílio Emergencial.
Sendo assim, as pessoas que se enquadravam na seleção dos que seriam mais prejudicados pela pandemia poderiam recorrer ao benefício.
Esse é o caso de Maria Neusa Nunes, de 54 anos, mais conhecida como “Dona Neusa” no Jardim Arco Verde, bairro em que mora, na região Sudeste de Anápolis.
Ex-diarista, ela teve que abandonar a profissão para cuidar da mãe, já idosa e fragilizada, em casa. O marido, responsável por grande parte da entrada de dinheiro na família se acidentou e também não está trabalhando.
Portanto, não é difícil de imaginar o quanto os R$ 600 do auxílio significam para Dona Neusa e seus familiares.
Porém, infelizmente, o encontro – tão esperado todos os meses – não aconteceu.
Triste situação
Isso porque, ao se dirigir até a Caixa Econômica Federal para recolher a mensalidade na última terça-feira (29), ela foi informada de que o dinheiro já havia sido utilizado para pagar um boleto, e que não estava mais disponível na conta.
Em entrevista ao Portal 6, ela informou que o fato veio como uma surpresa muito grande, porque nunca tinha tocado no dinheiro.
“Na hora que me falaram isso eu quase morri, né?” disse à reportagem, entre risadas nervosas.
No banco, ela relatou não ter sido informada de possíveis soluções, mas que a deram um número de telefone, do possível responsável pelo saque e uso indevido do montante.
No mesmo dia então, a mulher se dirigiu até a Delegacia Geral de Anápolis, para levar o caso ao conhecimento das autoridades policiais.
Mas lá, foi informada de que nada poderia ser feito e que somente a agência bancária teria condições de prestar qualquer ajuda.
Neste momento, muitos poderiam desistir e dar o caso como encerrado. Contudo, a obstinada Dona Neusa continuou tentando e, logo no outro dia (30), estava novamente nas dependências do banco.
Desfecho
Desta vez, o caso pareceu receber uma atenção maior. Na entrevista, ela ressaltou com importância o fato de “ter sido levada lá pra cima pra resolver” – referente aos andares superiores do banco.
A atendente recolheu os dados de Maria, juntamente do número de celular que havia sido repassado anteriormente, e pediu para que ela retornasse em duas semanas.
Agora, a trabalhadora de Anápolis aguarda ansiosamente pela possível resolução do mistério de quem conseguiu acesso e roubou a tão aguardada ajuda.