Antônio Gomide recebe apoio de sindicatos e responde críticas ao PT
"As pessoas votam na pessoa. Partidos não vão interferir na vida administrativa", disse o candidato a prefeito
Em reunião realizada no final da tarde desta quarta-feira (18), no Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de Anápolis, no bairro Jundiaí, líderes de diversos sindicatos oficializaram apoio conjunto à campanha Antônio Gomide.
Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Anápolis (SindiAnápolis), Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (Sinpma) e Sindicado dos Professores em Estabelecimentos Privados de Ensino de Anápolis e Região (Sinpror) foram algumas das associações presentes.
No ato, que contou com a presença da imprensa local, os representantes alegaram que a atual gestão deixou a desejar com os servidores públicos, ao contrário das administrações petistas, que antecederam Roberto Naves (PP).
Ao agradecer o gesto, Gomide disse ‘saber como é ser servidor público’. Sem citar números, o petista também criticou a quantidade de comissionados lotados na Prefeitura e qualificou como ruim o relacionamento que a o município tem atualmente com professores.
Outro ponto abordado pelo petista foram as fortes críticas que o PT sofre. Segundo o ex-prefeito, essa é a única coisa que o adversário pode fazer. No entanto, aproveitou a oportunidade para dizer que ainda permanece na legenda “pela ética e pelos princípios. Partido cada um escolhe o seu. É como uma religião”, defendeu.
“Nós precisamos esclarecer isso a população. As pessoas votam na pessoa. Não estamos aqui disputando partido. Partidos não vão interferir na vida administrativa”, emendou.
Lembrado pela reportagem do Portal 6 que o PT também é criticado pela instrumentalização dos sindicatos e movimentos sociais, Gomide deu como resposta que “o atual governo municipal nunca nem conversou com os sindicatos. Os sindicatos, que são a representação legítima, escolhidos por eleição, não têm nem voz neste governo”, disse.
“Eles vão tentar levar isso como retórica, mas a verdade é que eles tiveram dificuldade, nestes quatro anos, em dialogar com a categoria. Prova disso é que, pelos últimos dois anos, não tivemos nenhuma espécie de reajuste ou sequer respeito ao piso salarial dos professores”, ponderou.
Presidente do Sinpma, Márcia Abdala não teme que o apoio da entidade a Gomide reflita em dificuldades de relacionamento com a Prefeitura se Roberto for reconduzido ao cargo. Isso porque, segundo ela, não tem mais o que piorar.
“Nós estamos em uma situação muito crítica. Há muito [tempo] não somos bem recebidos por essa gestão. Então, não acredito que tenha como ficar pior, acredito que já estamos no fundo do poço”, justificou.