Médicos que forjaram morte cerebral de criança só para retirar os órgãos vão a júri popular

Três médicos envolvidos no caso do garotinho morto intencionalmente para retirada de órgãos foram a julgamento, na última quinta-feira (28), em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, após mais de 20 anos do ocorrido.
A vítima tinha dez anos, no ano 2000, quando sofreu uma queda do décimo andar, no prédio em que morava em Poços de Caldas, no Sul do estado.
Após o acidente, Pavesi teve um traumatismo craniano e algumas escoriações e precisou ser levado com urgência ao hospital.
O crime
No hospital, os médicos que ficaram responsáveis por ele, percebendo a gravidade da situação, e visualizando um potencial doador de órgãos, acabaram forjando um exame, que constava uma falsa morte cerebral.
Denunciados pelo Ministério Público, investigações começaram a acontecer para desvendar a morte prematura do garotinho.
José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram os quatro profissionais suspeitos de cometerem o homicídio doloso qualificado, além de remoção ilegal de órgãos.
Álvaro Ianhez foi desmembrado no processo após solicitar um recurso que ainda não teve julgamento.
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Os outros três integrantes do grupo, foram convocados, na quinta-feira (28), a comparecer no 1° Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, onde seria realizado o início do julgamento de ambos.
Antes da sessão, os advogados dos réus tentaram mais uma vez adiar a audiência, que já aguarda uma resposta desde o ano 2000. Por essa razão, houve um atraso no início da conferência.
As testemunhas do caso foram ouvidas por videochamadas, o que levou os advogados, mais uma vez, a questionarem a veracidade dos relatos.
Angústia
Os pais de Paulo Pavesi, em entrevista ao G1, contaram que nunca foram contra as doações dos órgãos do filho, mas afirmam que eles foram destinados a pessoas que não estavam na lista de prioridade para o recebimento.
Eles alegam ainda que as córneas do garotinho foram enviadas à São Paulo a uma pessoa que não constava na lista de espera para realizar o transplante.
Por fim, pedem que a verdade seja esclarecida, após tanto sofrimento.