“É muita crueldade. Que ele pague a vida toda pelo o que fez”, diz filha de idosa morta em Anápolis
Em entrevista, delegado revelou o que o suspeito do crime falou durante o depoimento
Está previsto para a tarde desta quinta-feira (22) o sepultamento de Maria de Nazaré Noronha das Chagas, de 76 anos, que foi estuprada e morta dentro de casa, no Jardim Esperança, bairro localizado no extremo Sul de Anápolis.
O velório da idosa está ocorrendo durante a manhã e toda a família, além de perplexa, está muito abalada com o crime.
Nas redes sociais do Portal 6, uma filha da vítima chegou a expressar o sentimento de indignação por tudo o que aconteceu e pediu por justiça.
“É a minha mãe. É muita crueldade. Que ele pague a vida toda pelo que fez”, escreveu.
O corpo da idosa foi encontrado pelo filho na tarde de quarta-feira (21). A suspeita é que ela pode ter sido enforcada com os lençóis da cama em que ocorreu o abuso sexual.
Um morador em situação de rua, identificado como Aldemir Dias Mendonça, de 53 anos, foi preso suspeito de cometer os crimes.
Em tempo
Aldemir teria passado a noite da casa de Maria depois de bater no portão dela para pedir abrigo e comida.
Ele foi encontrado com auxilio de imagens de segurança e relatou, inicialmente, que cometeu os delitos porque estaria bêbado.
“Nós levantamos imagens que mostra o suspeito saindo de casa com mantimentos e uma toalha da vítima, que foi crucial para vinculá-lo à prática do crime. A vítima era uma senhora pacata, cristã, com bom coração, que sempre gostava de receber as pessoas, até as que não conhecia, e fazer o bem”, disse o delegado Luiz Carlos, ao jornalista Jonathan Cavalcante, da Rádio São Francisco.
Em depoimento, porém, o homem teria confessado parcialmente as práticas criminosas. Agora, o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) aguarda o laudo pericial que constatará exatamente o que aconteceu com a idosa.
“Tivemos indícios da asfixia. Ele confessou eventual prática sexual, mas dizendo que teria sido consentida. [Também disse] que deixou a casa com a vítima ainda viva. Não assumiu no primeiro momento o homicídio e estupro”, disse.
“Pelas evidências, teria elementos sim que ele seria o autor, que pernoitou na casa dela. Agora só poderemos afirmar com absoluta certeza com a chegada dos laudos periciais para fechar o inquérito e remeter ao Poder Judiciário para responsabilizá-lo”, finalizou.
O suspeito tinha saído da cadeia há pouco tempo e já acumulava outras passagens por furto, roubo e homicídio.