Os pequenos avanços importam, mas precisamos pensar grande para Anápolis
Lideranças da cidade precisam se unir para cobrar ações como a conclusão do Anel Viário, Plataforma Multimodal, Aeroporto de Cargas e uma função para o Centro de Convenções
O cenário político, econômico e social atual se reflete num sentimento de incertezas e inquietações para a população brasileira. O cidadão, de uma forma geral, se sente mergulhado num mar de decepções e se vê sem perspectiva concretas de futuro.
Com todo potencial que o país oferece, continuamos condenados a ser o eterno país do futuro. Os governos na maioria das vezes vêm praticando políticas públicas limitadas, no campo administrativo e de projetos, travando avanços importantes para garantir serviços com maior qualidade e eficiência, que deveriam se traduzir na melhoria de vida da população.
Os atos administrativos devem priorizar a soberania do interesse público; porém, muitas vezes a gestão é marcada pela personalismo e pelo imediatismo de resultados efêmeros, que objetiva muito mais o próximo jogo eleitoral do que os resultados que a população de fato precisa.
Na última semana aconteceu uma solenidade no Palácio das Esmeraldas, no qual o governador assinou com os Correios um protocolo de intenções para abrir um Centro de Distribuição e/ou Agência Empresarial no DAIA. Disse na solenidade que essa unidade dos Correio ajudará a consolidar Anápolis como referência logística na América Latina. Exagero típico de solenidades políticas, mas cabe questionar: qual é a política pública do governo para que Anápolis retome, de fato, o caminho do desenvolvimento? É claro que temos que ir muito além de uma agência dos Correios. Mas ainda não se sabe o que a gestão propõe nesse sentido.
Precisamos pensar grande e buscar avanços de verdade, pensando em projetos estruturantes. As lideranças da cidade precisam se unir para cobrar ações como a conclusão do Anel Viário, a Plataforma Multimodal, concluir e encontrar uma destinação para o Aeroporto de Cargas, buscar uma função para o Centro de Convenções, dentre outras.
O gestor precisa pensar grande, acima do seu próprio interesse, ou até mesmo da sua sucessão. Precisa de ações ousadas e grandes investimentos, fazer do seu mandato uma causa comprometida na transformação econômica e social, sendo lembrado pelas próximas gerações por alguém que vive a vida pelo seu ideal e pela transformação da vida das pessoas.
Márcio Corrêa é empresário e odontólogo. Preside o Diretório Municipal do MDB em Anápolis. Escreve todas as segundas-feiras. Siga-o no Instagram.
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