O que já se sabe e o que ainda falta responder sobre o caso Isabelle Freire
Crime pela estudante chocou Anápolis e movimentou as redes sociais com perguntas pertinentes
Isabella Freire, uma jovem de apenas 24 anos, virou protagonista de grande parte das manchetes de todo o estado nesta semana.
O motivo, entretanto, não poderia ser pior. Ela confessou ter sido responsável pelo cruel abandono e morte do próprio filho, ainda recém-nascido.
O caso vem sendo acompanhado de perto pela Polícia Civil e muito foi descoberto desde o início das investigações, mas muito ainda se mantém como incógnita.
Confira o que já se sabe e o que ainda continua sem resposta.
Quando aconteceu?
O crime ocorreu no final na segunda-feira (10), quando ela colocou o bebê dentro de uma caixa e foi dar uma volta numa Ford EcoSport, que pertenceria à mãe.
Ela dirigiu até um terreno baldio no Residencial Cerejeiras, bairro da região Leste de Anápolis, e lá abandonou o recém-nascido, ainda dentro da caixa.
Isabella ainda ateou fogo no local, jogando álcool diretamente em cima da caixa, indo embora apenas depois de ter certeza que a caixa com o bebê havia sido incendiada.
A motivação?
Em inquérito policial, ela afirmou que nunca quis a criança e que já tinha inclusive tentado um aborto ainda neste ano, porque estava desesperada e que ninguém poderia saber da gravidez.
A suspeita também confessou ter largado o filho em um dos quartos da casa por dois dias sem sequer o amamentar.
O bebê teria sido buscado apenas no momento do crime.
O destino de Isabella?
Na sexta-feira (14), a juíza Nina Sá Araújo atendeu ao pedido do Ministério Público e converteu a prisão em flagrante de Isabella Freire em prisão preventiva.
O que significa que ela vai continuar presa até a conclusão do inquérito.
No momento, é aguardada a divulgação do laudo cadavérico, para determinar se a criança morreu antes de ser jogada no lote baldio ou se a óbito ocorreu por causa do fogo.
Esta informação é muito importante, pois se ficar confirmado que o bebê ainda estava vivo antes de ser carbonizado, a jovem será processada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e infanticídio.
Até então, a jovem responde apenas pelo crime de ocultação de cadáver.
E o pai?
O namorado de Isabella, Matheus Oliveira, de 22 anos, é tido até então como o provável pai da criança.
À Polícia Civil, ele sustentou que Isabella Freire escondeu a continuidade da gravidez após a tentativa de aborto.
A estudante, que engordou apenas 5kg durante a gestação, teria dito ao rapaz que a barriga permanecia inchada devido ao procedimento de curetagem, o que ele acreditou.
Isabella, segundo o jovem, também mentiu para ele ao dizer que estava internada na Santa Casa de Anápolis para tomar soro.
Ao questionar se queria companhia, a estudante argumentou que apenas a mãe poderia exercer a função de acompanhante no hospital.
Tudo isso é o que já se sabe sobre o caso até então. Contudo, as seguintes indagações seguem sem definição:
– Como alguém consegue esconder uma gravidez de 9 meses?
– Se ela teve depressão ou psicose pós parto;
– Se havia alguém no carro junto com ela;
– Se a criança morreu antes ou após ser abandonada no lote;
– Se o namorado pode ser implicado de alguma forma pela Polícia Civil;
– Se o filho é realmente do namorado.