Ninguém encara guerra sem o norte de um general
Certa vez um general aposentado de Israel estava ensinando a forma de convocação dos jovens e adolescentes para guerra. Desde 1948, ano de criação do Estado Judeu, já foram muitas. Ao completarem 18 anos, todos os cidadãos israelenses devem fazer o alistamento militar.
E, por ser obrigatório, pais se desesperam e os filhos choram quando as Forças Armadas chegam nas casas para fazer o recrutamento para a guerra. Um professor ex-militar dizia que a única forma de combater o medo que estava no coração desses jovens e a insegurança de que se iriam morrer ou não era com o general explicando a visão do Exército.
Para isso, o mestre explica que eles desenhavam o pior cenário, que seria morrer lutando por liberdade ou morrer oprimido pelo inimigo. Depois, enumerava o cenário positivo explicando a visão. “Estamos indo à guerra para que seus filhos não sejam escravos, suas mulheres não sejam estupradas e que Israel seja livre”, falavam.
E todos ficavam agora não com medo da guerra, mas com sangue nos olhos para lutar. Desta história, podemos tirar de lição que, sem visão do futuro, qualquer missão perde o sentido. Ninguém entra num avião sem ter ideia de onde o comandante irá pousar com a aeronave.
General do Exército de Anápolis, mostre a visão que temos para enfrentar! Sinalize onde o avião irá pousar! Sangrar soldados feridos não trará saúde aos comandados e à população que o Exército deve defender.
Que os comandados enxerguem essa visão em ações práticas, afastando o medo, a insegurança e a ingratidão. Que possam lutar o bom combate com todos do mesmo lado!
A hostilidade gera instabilidade, sangramento e morte do Exército. Sem Exército, não há general.
José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo PSB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.
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