Fora dos livros: conheça negros que estão fazendo história em Goiás
No passado e no presente, eles contribuíram ativamente para a construção da identidade no estado
Celebrado neste sábado (20), o Dia da Consciência Negra é uma data na qual há mais motivos para se refletir do que comemorar.
Em Goiás, algumas figuras negras contribuíram ativamente para a construção da história e identidade do estado.
Leodegária de Jesus, por exemplo, foi primeira mulher negra a publicar um livro em Goiás e contemporânea da sempre celebrada Cora Coralina.
Outra figura importante é a do professor José do Patrocínio Marques Tocantins, que além de lecionar era instrumentista, compositor e cantor.
O Pai João de Abuque, primeiro ancestral do Candomblé goiano, foi um precursor para as religiões de matrizes africanas em Goiás.
A ex-escrava Chica Machado, que se tornou uma mulher rica e poderosa ao se casar com um comerciante português, usava parte do dinheiro que tinha para alforriar escravos. Ela teve seis filhos. Um deles foi Padre Silvestre, o primeiro deputado por Goiás após a independência em 1822. Silvestre foi o representante de Goiás na Constituinte de 1823, que promulgou a primeira Constituição do Brasil.
E na atualidade
Com a universalização do acesso à tecnologia, passaram a surgir novas pessoas que contribuem ativamente para a discussão da causa negra e da importância da representatividade em Goiás.
Por meio das redes sociais, há influencers que utilizam o alcance que possuem para discutir, conscientizar e explicar à população certas situações que, por vezes, passam despercebidos pelas pessoas, mas que afetam diretamente a população negra.
Um deles é o Rafael Wollice (@escurecendoosfatos), que aborda questões sobre raça, racismo e antirracismo de maneira didática e simples de compreender.
Thâmara Ribeiro (@thamararib) também ficou conhecida por abordar termas relacionados ao racismo e tem como um dos principais focos falar sobre situações que são vivenciadas e sofridas por mulheres negras.
De Anápolis, Wine B também é uma representante de causa. Além de modelo, ela criou o Afrika 062, um salão pioneiro na cidade que é especialista em tranças afro.
Para além dos citados, são vários que aproveitam o amplo espaço das redes sociais para dar voz às pessoas negras e levantar discussões importantes contra o preconceito.