Faltam professores em colégios militares espalhados por Goiás

Seduc garante que não e pondera que situação pode ser pontual, mas alunos e professores evidenciam casos

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Faltam professores em colégios militares espalhados por Goiás
CEPMG Polivalente Gabriel Issa, em Anápolis. (Foto/Reprodução).

Estudantes que entram no colégio às 7h e vão embora às 10h10, com o cronograma de aulas incompleto. Professores que tem que dar aulas em três salas ao mesmo tempo, para cobrir a falta de equipe necessária.

Esse é a realidade apontada por alunos do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPM-GO) Francisco Antônio de Azevedo, de Uruaçu, no Norte goiano.

Uma educadora da rede estadual da unidade de ensino, que pediu para não ser identificada, afirmou ao Portal 6 que essa defasagem de educadores estaria acontecendo devido a uma nova metodologia adotada pelo estado.

Segundo ela, os docentes que já eram concursados e experientes na área foram proibidos de pegar mais de 28 aulas semanais, quando vários trabalhavam há anos atuando por 42 horas semanais.

“O estado fez com estes mesmos professores passassem por um processo seletivo. Mas ninguém sabe dizer qual o critério de avaliação, deixou os professores nos últimos lugares”, afirmou.

Uma estudante dessa mesma unidade afirmou ao Portal 6 que se sente lesada. “Quase um mês de aula e ainda não tivemos conteúdos de Física, Química, Biologia. É muito descaso e falta de organização desta secretaria”, pontuou. Ela destacou que também não foi repassado nada para cobrir o conteúdo.

Ela ressaltou que os professores estão tentando fazer de tudo para que tenham um mínimo de aulas diárias. Para tanto, acabam se deslocando entre três salas para cobrir a falta de docentes.

“Não está fácil, estamos sem conteúdo de muitas matérias e no próximo mês já começam as provas. E não temos muito conteúdo. Na verdade, tivemos nada até agora”, complementou.

Em Anápolis, no CEPMG Polivalente Gabriel Issa, uma estudante do segundo ano do ensino médio, apontou que a instituição também passa por uma situação parecida.

Ele afirmou que desde o começo de 2022, há uma falha na oferta de professores, principalmente de física e química e que os docentes estariam sendo remanejados para cobrir essas disciplinas deficientes.

Em momentos mais críticos, s alunos recebem tarefas complementares para que não fiquem sem fazer nenhum tipo de atividade.

Com a palavra, Seduc:

Duas informações devem ser destacadas. A primeira é que não há falta de professores na rede pública estadual de ensino.

A segunda informação relevante é que um processo seletivo para a contratação de professores foi realizado, ainda no final do ano passado, assegurando a convocação de professores na medida da necessidade das unidades escolares.

Também se faz importante afirmar que neste momento, de início do ano letivo, com a retomada das aulas presenciais no dia 19 de janeiro, algumas considerações devem ser feitas em relação ao funcionamento das escolas.

Assim, devem ser analisadas as circunstâncias de afastamentos temporários em decorrência de licenças para tratamento de saúde, sobretudo relativos à Covid-19, além dos casos de óbito e de consolidação de novas matrículas, transferências e outros.

Importante ressaltar, também, as especificidades de cada escola nas diferentes regiões do estado.

– Finalmente, a Seduc reitera que todo um trabalho é feito para o pleno funcionamento das escolas públicas estaduais e simultaneamente aos esforços de melhoria da oferta da Educação pública estadual, a base da rede estadual se reestrutura para a garantia de que todos os estudantes tenham acesso às escolas, frequentem as aulas, desenvolvam as atividades escolares  e concluam com sucesso a Educação Básica.

 

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