Preço dos combustíveis volta a ser dor de cabeça para os motoristas em Goiás
Segundo presidente do Sindiposto, não houve reajuste da Petrobras, mas outros fatores contribuíram com o acréscimo repassado ao consumidor
Após duas semanas em queda, o preço da gasolina em Goiás voltou a disparar. O combustível, que estava na faixa média dos R$7,351 por litro até a semana do dia 09 de abril, subiu para R$7,497 no estado goiano.
Para entender o que pode ter causado esse aumento súbito, o Portal 6 conversou com Márcio Andrade, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo em Goiás (Sindiposto).
Ele apontou que não houve novos reajustes de valores propostos pela Petrobrás que justificasse esse acréscimo. No entanto, Márcio indicou que a variação do custo do etanol pode ter influenciado nessa questão.
“Desde março o preço do etanol vinha em queda, o que acabou também puxando o preço da gasolina e do diesel para baixo. No entanto, o etanol voltou a subir e acelerou os valores dos outros combustíveis”.
Essa informação pode ser confirmada pelo Sistema de Levantamento de Preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SNP/ANP).
A plataforma aponta que o combustível estava custando R$4,920 na semana do dia 26 de março. Já no dia 16 de abril, esse valor já estava em R$5,173.
“Além disso, o estado também está com falta do produto [gasolina] em estoque, o que também colaborou para elevar o preço durante a última semana”, complementou o presidente do Sindiposto.
Com a baixa de oferta e muita demanda nas distribuidoras, esse custo foi repassado aos postos de gasolina e, por consequência, aos motoristas.
“Essa oscilação acontece com frequência. No entanto, o que acontece nas bombas, para o consumidor, é um reflexo do que acontece no atacado”, explicou Márcio Andrade.