Popular fumacê some das ruas de Anápolis e Saúde explica os motivos
Bomba veicular é destinada para toda regional e esteve na cidade por apenas duas semanas, apesar da alta de casos de dengue
Os casos suspeitos de dengue mais que dobraram em Anápolis, após a última atualização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
Junto a isso, um dos aliados no combate ao Aedes aegypti, a bomba veicular, popularmente chamada de “fumacê” sumiu das ruas da cidade.
A nuvem de fumaça elimina grande parte dos mosquitos adultos da área aplicada, com uma quantidade mínima de agrotóxico, para não afetar os humanos.
Mas, de acordo com a Semusa, apenas veículo foi destinado pelo Estado para toda a Regional Pirineus, que inclui cidades como Abadiânia, Alexânia, Campo Limpo, Cocalzinho, Corumbá, Gameleira, Goianápolis, Pirenópolis, Terezópolis e Anápolis.
“Ficou duas semanas em Anápolis e seguiu para Goianápolis. O retorno está previsto, mas a data ainda não foi divulgada”, disse pasta ao Portal 6.
A reportagem entrou em contato com a Coordenação Geral da Região de Saúde Pirineus, que afirmou que a agenda do serviço vai de acordo com a necessidade do município e que o repasse é feito após solicitação.
Segundo a Semusa, os locais onde o fumacê passa são definidos por critérios técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) como, por exemplo, bairros com maior incidência de notificações.
Marcelo Daher, médico infectologista em Anápolis explica que essa medida é importante mas não é única.
“O fumacê serve para as formas aladas. As larvas e ovos são combatidos com outro produto e não deixando água parada”, afirmou.
Sobre a fumaça afetar diretamente as pessoas em volta, o especialista foi categórico. “Normalmente é coisa leve. Os casos mais graves devem procurar um hospital”, concluiu.
Especialistas também lembram que a técnica tem baixa eficácia contra o Aedes aegypti e ainda ataca outros insetos, como as abelhas. Por isso, no local onde o trânsito do fumacê é comum, pode haver risco de desequilíbrio ambiental.