Banda gospel desistiu de tocar em Anápolis ao saber que seria paga com dinheiro da Prefeitura
Caso denunciado pelo Portal 6 na época repercutiu em todo o país e se tornou um exemplo de coerência
Como o assunto do momento é a “CPI do Sertanejo”, solicitada por diversos internautas após o cantor Zé Neto, que faz dupla com Cristiano, atacar a Lei Rouanet, vale lembrar uma situação oposta que ocorreu em Anápolis há seis anos e foi considerada exemplo de coerência.
Mas afinal, o que seria essa CPI? Logo que o sertanejo criticou a lei e também a cantora pop Anitta em um show, usuários das redes sociais começaram a pedir por uma investigação do uso de dinheiro público para a contratação de artistas por prefeituras no interior do país.
Seguindo um caminho completamente diferente deste que ganhou notoriedade, a banda Resgate decidiu cancelar uma apresentação em Anápolis, em 2016, ao saberem que o festival onde iriam se apresentar estava sendo bancado com dinheiro público.
Na época, o Portal 6 denunciou com exclusividade que o 2º Festival Gospel tinha recebido R$ 189 mil da Prefeitura de Anápolis a partir do remanejamento de recursos do Conselho de Desenvolvimento de Joanápolis, distrito distante da cidade.
A notícia rapidamente se espalhou em todo o país e a Resgate obrigou o escritório que agenciava os show da banda a rescindir o contrato que havia firmado com o município, ainda governado pelo prefeito João Gomes, do PT.
Em nota, e também em entrevistas que deu após o caso, os integrantes da banda afirmaram que não concordavam com o uso de dinheiro público para contratação de shows.
A atitude do grupo repercutiu em todo o território brasileiro e até hoje é usado como exemplo de coerência não somente pelo público evangélico, mas também por outros segmentos da música nacional.