Busca por segurança eletrônica em Goiânia cresce 25% no primeiro semestre de 2022

Câmeras de videomonitoramento representam 65% dos equipamentos comercializados na capital

Emilly Viana Emilly Viana -
Busca por segurança eletrônica em Goiânia cresce 25% no primeiro semestre de 2022
Medidas sanitárias também ajudaram a aquecer o mercado. (Foto: Reprodução)

Na contramão da crise, o setor de segurança eletrônica, que inclui vendas de equipamentos, instalação e monitoramento 24 horas, viu a demanda disparar no primeiro semestre deste ano.

Segundo Marcelo Martins, representante do Grupo TecnoSeg, a empresa registrou uma alta de 25% no faturamento nos primeiros seis meses de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado. “Esperamos que isso se repita no segundo semestre, já que o nosso faturamento já é superior ao período de pré-pandemia”, afirma.

O principal fator para o aumento é a busca por mais tranquilidade, com o investimento em produtos como câmeras, cercas elétricas e alarmes. “Há um aumento da percepção de insegurança da população em geral”, pontua.

Atualmente, as câmeras de videomonitoramento representam 65% de todas as vendas relacionadas no grupo. Além dos tradicionais equipamentos para segurança residencial e empresarial, a procura por serviços inteligentes que atendem às regras sanitárias contra a Covid-19 ajudaram a aquecer o setor.

“Observamos um aumento muito grande na procura por dispositivos de controle de acesso biométricos, além de reconhecimento facial”, aponta.

O setor também lida com escassez de matéria prima, responsável por encarecer os equipamentos nos últimos anos. “Além das constantes oscilações da cotação do dólar, a guerra na Ucrânia tem afetado os preços de forma global. Para evitar desabastecimento, investimos na manutenção de um estoque regulador e aprimoramento na área técnica”, menciona.

‘Kit segurança’

O mercado de segurança possui opções disponíveis para atender desde imóveis residenciais a estabelecimentos comerciais. Os preços são variados, mas existem orçamentos que podem servir como base.

Na Tecnoceg, por exemplo, um kit de sistemas de segurança, compostos por até cinco sensores de presença, para detectar invasões, associados ao Circuito Fechado de Televisão (CFTV) de até 4 câmeras tem custo médio de R$ 2.500. Além disso, o cliente desembolsa uma taxa mensal de serviços que inclui atendimento tático em caso de alarmes, aplicativo on-line para operação do sistema, assistência técnica, no valor de R$ 200 mensais.

Crescimento nacional

Ao Portal 6, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) informa que o aumento nas vendas do segmento é tendência em todo país. No ano passado, esse crescimento foi de 14% com faturamento de R$ 9,2 bilhões.

O setor é composto por mais de 33 mil empresas, que juntas são responsáveis pela promoção de mais de 350 mil empregos diretos e mais de 2 milhões e meio de empregos indiretos. Mais 12 milhões de imóveis possuem serviço de monitoramento em todo Brasil, o que representa cerca de 17% das habitações possíveis de receberem a tecnologia.

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