Recebe Auxílio e fez consignado? Saiba como fica daqui para frente
Ao todo, segundo a equipe de transição do presidente Lula, R$ 9,5 bilhões em empréstimos foram concedidos para 3,5 milhões de famílias
Quando ainda se encontrava em busca da reeleição, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apostou no lançamento de uma opção de empréstimo consignado voltado para as famílias que recebem o Auxílio Brasil.
No entanto, como o político acabou sendo derrotado na corrida presidencial, os milhares de beneficiário do programa social estão perdidos a respeito de como seguirá o benefício recentemente concedido.
Ao todo, segundo a equipe de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), R$ 9,5 bilhões em empréstimos foram concedidos para 3,5 milhões de famílias inscritas no Auxílio Brasil, que agora volta a ser Bolsa Família.
De todo este dinheiro que foi emprestado para que os beneficiários do programa pudessem quitar as suas dívidas, a Caixa Econômica Federal arcou com R$ 7,64 bilhões.
Recebe Auxílio e fez consignado? Saiba como fica daqui para frente
Infelizmente, para aquelas pessoas que esperavam que o consignado do Auxílio Brasil fosse continuar intacto neste novo governo, a notícia não é nada boa.
Acontece que a Caixa acabou por suspender a concessão do benefício, fato este que a partir de agora vai impedir que sejam realizados novos empréstimos descontados na folha de pagamento do programa social.
No anúncio realizado na última quinta-feira (12) pelo presidente do banco público, Rita Serrano, foi justificado que a suspensão ocorreu porque o Ministério do Desenvolvimento Social estará revisando todos os cadastros no benefício, podendo haver baixas, além de que os juros para esta modalidade de empréstimo são bastante elevados.
Diante disso, o presidente destacou que a Caixa pretende no momento reavaliar toda a situação no intuito de conseguir abaixar as taxas atualmente cobradas pelos consignados.
Isso porque logo que a linha de crédito foi anunciada pelo Governo Federal, ela recebeu inúmeros de questionamentos por conta de comprometer até 40% da renda salarial das famílias beneficiadas pelo Auxílio.
Além disso, diversas outras críticas também foram realizadas pelo fato de Jair Bolsonaro ter utilizado o consignado como forma de se alavancar nas pesquisas eleitorais.
Inclusive, ainda durante a última semana, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) solicitou a revisão de todos os contratos em vigência para o Ministério da Justiça, Segurança Pública e Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
No ofício encaminhado, o Idec também pede que as taxas de juros cobrados na modalidade sejam reavaliados pelo Governo Federal e passem a se assemelhar as cobradas pelo consignado fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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