Cármen Lúcia envia para 1ª instância pedidos de investigação contra Bolsonaro

Pedidos foram apresentados por parlamentares da oposição ao ex-presidente e pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia

Folhapress Folhapress -
Cármen Lúcia
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Paulo Roberto Netto, DF – A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou para a primeira instância cinco pedidos de investigação contra Jair Bolsonaro (PL). Os processos estão relacionados a declarações e ataques do ex-presidente contra ministros da Corte durante o Sete de Setembro de 2021.

Os pedidos foram apresentados por parlamentares da oposição ao governo Bolsonaro e pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia. Em comum, o argumento de que o então presidente, ao atacar ministros do Supremo, estaria estimulando atos antidemocráticos.

Também foi pedido uma apuração sobre o possível financiamento dessas manifestações bolsonaristas ocorridas no Sete de Setembro.

Cármen apontou que Bolsonaro não foi reeleito e, por isso, não tem a prerrogativa de foro privilegiado no STF. Por isso, os pedidos devem ser encaminhados para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que deverá distribuir os casos para uma vara federal de Brasília.

“Expirado o mandato do requerido (Bolsonaro), cessou a competência penal originária deste Supremo Tribunal para o processamento deste e de qualquer feito relativo a condutas criminosas a ele imputadas no exercício do cargo e em razão dele, desde 1º.1.2023”, disse a ministra.

Outra investigação contra Bolsonaro segue no STF, sob relatoria de Cármen. Os pedidos enviados nesta sexta-feira (10) à primeira instância não se referem à investigação sobre o escândalo do MEC. Essa retornou ao Supremo após a menção do nome de Bolsonaro durante telefonema do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Esse inquérito apura suposta interferência de Bolsonaro nas investigações Em conversa interceptada pela Polícia Federal, Milton Ribeiro diz à filha que conversou com Bolsonaro e que o presidente “acha” que ele seria alvo de buscas.

O diálogo ocorreu no dia 9 de junho – duas semanas depois, o ex-ministro da Educação foi preso por suspeita de corrupção.

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