Saiba quem é a goiana que foi para Espanha e abandonou o filho deficiente com o ex
Pai do jovem afirmou ao Portal 6 que a mulher nunca ajudou na criação do rapaz, que sofre de paralisia cerebral, epilepsia, atrofia permanente dos membros e comprometimento cognitivo

Waldelice Borges Lobato, de 45 anos, é a goiana que abandonou o filho deficiente com um ex e se mudou para a Espanha.
Atualmente, ela vive na cidade de Bilbao, e trabalha com serviços de limpeza em um conglomerado de mídia da região basca.
Além disso, a mulher ainda constituiu uma família no país europeu, tendo um filho adolescente com idade aproximada de 15 para 16 anos.
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Quem revelou isto foi Moisés Costa, pai de criação de Davyd Cesario Silva, rapaz de 25 anos que sofre de paralisia cerebral, epilepsia, atrofia permanente dos membros e comprometimento cognitivo.
Em entrevista ao Portal 6, o homem afirmou que Waldelice chegou a visitar o filho, mas que daria para contar nos dedos a quantidade de vezes que ela deu as caras.
“Ela vem visitar a mãe dela em Hidrolândia e, como a casa da minha mãe é perto do Aeroporto [Internacional de Goiânia], ela passava por lá.”
Atualmente, Moisés, que é funcionário público, afirma que tem conta apenas com o auxílio da idosa, de 72 anos, para ajudar a cuidar do filho, que necessita de todo o tipo de ajuda no cotidiano.
No entanto, ela já está debilitada e não consegue dar o suporte necessário. Além disso, Moisés afirma que busca saber quem é o pai biológico de Davyd, visto que exames de DNA apontaram o contrário.
“A gente tinha um relacionamento, aqui em Goiânia, mas não era nada sério. Aí ela se mudou para o interior e alguns meses depois falou que estava grávida, e eu seria o pai. Mas eu fiz os cálculos e sabia que não tinha como ser eu”.
“Quando o Davyd nasceu, a Waldelice trouxe ele para cá, recém-nascido, e deixou com a minha mãe. Ela disse que ia no Centro fazer compras e voltava logo. Mas só foi voltar anos depois”, detalhou Moisés.
Por ser muito caro na época, ele não conseguiu pagar o exame de DNA. Foi só em 2015 que o pai de criação, “por desencargo de consciência”, fez a comprovação.
“Mesmo assim, não mudou nada. A gente cuida dele, cria ele, ama ele da mesma forma. A preocupação é de ele ficar desamparado, se eu morrer e não ter ninguém pra cuidar dele”, relatou.
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A partir disso, o funcionário público procura descobrir a identidade do pai biológico, para que ele possa também dar um suporte para a criação de Davyd.
No entanto, ao entrar em contato com a Waldelice, Moisés afirma que ela não revela quem é o genitor e não presta nenhum auxílio financeiro.
“Em um primeiro momento, ela concordou em ajudar, fez o processo para pensão, isso no final de 2020. Mas desde então, ela não fez nenhuma contribuição”, argumentou o homem.
Enquanto isso, ele afirma que já viu a mãe de Davyd nas redes sociais, levando uma vida tranquila, passeando por vários lugares, em uma vida sem maiores preocupações.
“Ela não liga para saber como está o estado de saúde dele, as vacinas que ele toma, nada”, concluiu Moisés.
A Polícia Civil (PC) está investigando o caso e a mulher deve ser indiciada pelo crime de abandono de pessoa com deficiência. Caso seja condenada, ela pode receber uma pena de reclusão, de seis meses a três anos, além de multa.
O Portal 6 tentou entrar em contato com Waldelice, mas não obteve sucesso. Ao G1, ela disse que daria uma resposta por meio de advogados.