Você conhece essas mulheres anapolinas?
Este mês estou homenageando mulheres surpreendentes que encontrei pela jornada. Muitas potências!
Em 2015 minha irmã Márcia partiu deixando duas filhas pequenas e uma família cheia de saudade. Me questionava sempre sobre momentos em que eu poderia tê-la agradecido, homenageado e não fiz. Não tinha tempo em meio aos desafios do trabalho e da correria da vida.
Este mês estou homenageando (em vida) mulheres surpreendentes que encontrei pela jornada. Muitas potências! Cuidar de quem precisa, orientar, ensinar! Ajudar quem precisa com alimentos, teto, palavras, escuta, orientação.
Dona Zenóbia é servidora aposentada do Ministério da Previdência Social. Orientou milhares de pessoas em seus 34 anos de atividade profissional na Agência de Anápolis. Sempre esteve envolvida em ações de caridade, programas sociais e de atenção às pessoas que mais precisam.
Clarissa Cousin é professora e está há 20 anos na educação pública estadual. Foi gestora e coordenadora pedagógica, mas nunca deixou o chão firme da sala de aula. Desde a pandemia enfrenta seu próprio passado por ter visto seus pais partirem muito cedo. Vive isso acompanhando alguns alunos nessa situação, que tiveram os pais vitimados pelo vírus mortal.
Dona Cândida chegou em Anápolis em 1957 acompanhando o marido que buscava por maior oportunidade de trabalho. Estabelecidos como cerealistas, criaram os oito filhos em um seio familiar católico sempre envolvidos com ações sociais e de atenção às pessoas mais carentes. Discreta, ajuda ensinando o ofício de artesã e tecendo afetos por onde passou.
Eunice é empresária, de família vicentina, aprendeu muito nova que o verdadeiro sentido da vida é servir. Segue realizando o trabalho social iniciado por seus pais. Viúva com os filhos muito jovens, viveu a luta de cuidar de um filho com câncer e fez dessa travessia uma bandeira em defesa dos que mais precisam de apoio.
Gisélia é professora. Mestra de três gerações de anapolinos. De uma família humilde, descobriu na biblioteca das freiras canossianas um mundo bonito e generoso. Dos livros, colocou em prática como compromisso de vida a tarefa de educar para transformar a vida das pessoas.
Na quinta (23), homenagearemos estas cinco e tantas outras na Câmara Municipal com a medalha Dulce de Faria. Elas representam todas as mulheres anapolinas, que anônimas ajudam a construir essa cidade. Todas elas!
Marcos Carvalho é professor, psicólogo e servidor público federal. Atualmente, vereador em Anápolis pelo Partido dos Trabalhadores. Escreve todas às terças-feiras. Siga-o no Instagram.