Estação Ferroviária de Anápolis foi força motriz do crescimento local por décadas
Batizada de Prefeito José Fernandes Valente, a estação ficava onde hoje é o Terminal Rodoviário
Poucos sabem, mas a Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente foi um importante fator para o desenvolvimento de Anápolis, auxiliando até mesmo na construção de Goiânia e Brasília.
No século passado, os trilhos que cruzavam a cidade substituíram carros de boi e carroças, e passaram a escoar estrategicamente diversos produtos para várias regiões do estado.
Em entrevista ao Portal 6, o pesquisador Claudiomir Gonçalves, que administra a página Anápolis na Rede, comentou a relevância da estrutura.
“Graças à rota, Anápolis teve também papel importante na construção de Goiânia e Brasília, transportando suprimentos e matéria prima. Na época houve até uma fuga de cérebros da cidade, para atuar nas obras”, relatou.
Inaugurada em 07 de setembro de 1935, no dia da Independência do Brasil, a estação foi projetada pelo arquiteto Wenefredo Barcelar Portela. Posteriormente, em 1991, por meio da aprovação de um Projeto de Lei (PL), a estrutura foi tombada como patrimônio histórico.
Com as mudanças na cidade, entre elas o aumento no número de veículos e pessoas, a estação acabou desativada, e os trilhos foram retirados em 1976. Poucos anos depois, o imóvel se tornou a sede do Tiro de Guerra do Exército, entre 1978 e 1985.
Além da Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente, na época a cidade também contava com outras duas unidades, sendo a Engenheiro Castilho, no Jundiaí Industrial, e a General Curado, que ficava onde atualmente é o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).
Naquele tempo, as estações recebiam e enviavam arroz, café, feijão e outras mercadorias. Os carroceiros eram os grandes responsáveis pelo transporte e logística entre os vagões e os armazéns e mercados.
Atualmente, a construção continua preservada onde hoje é o Terminal Urbano, servindo como uma forma de contar a história da cidade.