Em menos de 24h, Rogério Cruz exonera armamentista evangélico da Superintendência LGBTQIA+

Novo dono da cadeira da superintendência é publicitário e ativista Adriano Ferreto e foi escolhido após comunidade demonstrar incômodo

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Em menos de 24h, Rogério Cruz exonera armamentista evangélico da Superintendência LGBTQIA+
À esquerda, o armamentista Guilherme Silva Alves e, à direita, ativista Adriano Ferreto. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia/Reprodução)

Menos de 24h. Esse foi o tempo em que permaneceu no cargo de Superintendente LGBTQIA+ da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA), Guilherme Silva Alves. Na prática, nem mesmo começou a trabalhar.

Ele foi exonerado após repercussão negativa da comunidade que, por sua vez, exigiu um nome que tivesse representatividade e identificação com a causa. O novo dono da cadeira da superintendência é publicitário e ativista Adriano Ferreto. A indicação foi publicada no Diário Oficial do Município na noite de terça-feira (11).

A decisão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) veio em meio a repercussão em resposta às ligações do exonerado, uma vez que Guilherme é armamentista e evangélico, grupos que tendem a se posicionar contra os direitos LGBTQIA+. Além disso, não há registros de atuação do ex-superintendente nesta temática.

Adriano Ferreto, por sua vez, foi o primeiro assessor especial de Diversidade Sexual da Prefeitura de Goiânia, nomeado em 2013, com trabalho reconhecido por organismos internacionais. Entre as ações desenvolvidas à época, estão o maior programa de capacitação de servidores para as questões da diversidade na capital.

Atualmente, Adriano está à frente do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, onde executa o maior programa cultural LGBTQIAPN+ do País, o Circuito Cultural Goiânia de Todas as Cores. A iniciativa movimenta a cena cultural e oportuniza a artistas do segmento condições de trabalho e acesso a políticas culturais do município.

Troca inicial

A troca inicial que causou insatisfação ocorreu com a exoneração de John Maia Gomes, militante da causa LGBT, após cerca de um ano de ocupação. Guilherme, por sua vez, é conselheiro do Conselho Estadual da Juventude e voz ativa no movimento estudantil.

 

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