Fenômenos no tatame, irmãs de Anápolis campeãs no Jiu-jitsu precisam de apoio para disputarem Sul Americano
Crianças de apenas oito e dez anos, já conquistaram mais ouros na modalidade do que diversos adultos
As pequenas Rafaela Matias e Maria Fernanda, anapolinas de oito e dez anos, respectivamente, apesar da pouca idade, já conquistaram mais prêmios do que muitos adultos no mundo do Jiu-jitsu. Entretanto, o próximo desafio que enfrentam não pode ser resolvido apenas no tatame. Para participarem do Campeonato Sul Americano, que será realizado no Rio de Janeiro (RJ), precisam urgentemente da ajuda da população.
Popularizado no Brasil desde a época de ouro dos Gracie, o Jiu-jitsu permanece como um dos maiores orgulhos do país. Com os antigos mestres ficando para trás, sobrou para a nova geração carregar o peso do esporte. É aí que as garotas entram em cena.
Thais Araújo, mãe das crianças, explicou ao Portal 6 um pouco mais sobre a trajetória das filhas e como a luta ajudou no desenvolvimento delas e os desafios que enfrentam.
“A Rafaela tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e estava dando muito trabalho na escola, até que a professora dela me sugeriu levar ela no psicólogo, que recomendou a prática de algum esporte”, contou.
Então, desde agosto do ano passado, a garota, então com sete anos, começou a treinar Jiu-jitsu com o instrutor Jonatas Romeu, que encabeça o programa @atletasdofuturo. Ele conta que desde o começo Rafaela demonstrou grande potencial e levou-a, ainda como teste, para competir no primeiro campeonato após contados 15 dias de treino. Apesar da falta de tempo, conquistou o segundo lugar.
A partir daí, foram diversos outros torneios, veio o primeiro ouro em setembro do mesmo ano, no Campeonato Brasiliense. Para somar a lista de primeiros lugares, obteve a melhor classificação do Mundial de 2022 e do In Move Brasília 2022.
Vendo o desenvolvimento da irmã, Maria Fernanda também entrou no mundo do esporte, e assim como a mais nova, vem ganhando competições atrás de competições, conquistando o ouro na segunda etapa do Campeonato Estadual de 2022, no In Move Brasília 2022, no Open Jiu-jitsu de 2023 e terceiro lugar no Mundial de 2022.
Porém, para participarem do Campeonato Sul Americano, que acontece em julho deste ano, elas necessitam da quantia de R$ 3 mil, para custear o transporte, estadia, alimentação e o ingresso do próprio evento. Como ainda não são patrocinadas pelo Bolsa Atleta, a mãe pede que qualquer ajuda possível seja enviada no pix 62993352648.
“No momento esse é o nosso maior desafio, é uma chance que não dá para perder. Quem ganhar esse campeonato pode ter a chance de ir lutar em Abu Dhabi, e isso vai ajudar muito na carreira delas”, completou.