Jogo de empurra da Prefeitura e silêncio do Ministério da Saúde aumentam tensão sobre pagamento do piso da enfermagem em Anápolis
Indignação dos profissionais da rede municipal cresce e o SindSaúde começa a ser pressionado para que ocorra algum tipo de mobilização que bote medo na classe política local
Após a Prefeitura de Anápolis vender a versão de que fez tudo direitinho no preenchimento dos dados exigidos pelo Governo Federal para receber verba complementar que garante o integral pagamento do piso da enfermagem no município, a Rápidas do Portal 6 buscou saber a versão do Ministério da Saúde.
Há indícios de que a alopragem não tenha ocorrido apenas no município goiano, mas também em centenas de outros Brasil a fora.
Ou faltou alerta do Governo Federal para as secretarias de saúde ou sobrou incompetência e desatenção por parte dos gestores dessas pastas.
O certo é que nem o próprio Ministério da Saúde tem uma resposta pronta e crível sobre o tema.
Informalmente, assessores da Esplanada reconheceram que os pedidos de nota e esclarecimentos estavam chegando de todo o país.
Enquanto isso, a indignação dos profissionais da rede municipal só cresce e a pressão sobre o SindSaúde aumenta para que ocorra algum tipo de mobilização que deixe a Câmara e a Prefeitura com medo — a exemplo do que foi feito em julho quando Roberto Naves (PP) tentou mexer no percentual da contribuição previdenciária.
José Fernandes foi o detonador da bomba
Sozinho, o vereador José Fernandes (MDB) tem conseguido fazer muito mais estrago do que toda a oposição junta. Um simples artigo publicado na última sexta-feira (18), denunciando a possível omissão e negligência por parte da gestão Roberto Naves, transformou o final de semana de vereadores da base e de gestores da Semusa em um verdadeiro inferno.
Mérito do próprio parlamentar — que também surpreendeu até mesmo a imprensa, ainda alheia à situação.
Defesas de Dominguinhos fazem a imagem da gestão Roberto Naves ficar pior
A falta de verve do vereador Jakson Charles (PSB) tem obrigado o presidente da Câmara, Domingos Paula (PV), a se portar como líder auxiliar do prefeito Roberto Naves na Casa.
No entanto, a saída do script de Dominguinhos não tem ajudado como talvez ele e a base imaginam que poderia ajudar.
Prova disso são os comentários hilários de internautas quanto à performance do moço a cada vez que ele sobe na tribuna.
Dessa última vez, no caso da negligência do piso da enfermagem, foi o dialeto particular do presidente da Casa que chamou mais atenção. Das outras foram as constantes intervenções estéticas que ele insiste em fazer para melhorar a aparência. Não tem conseguido.
Escândalo das joias de Bolsonaro também chegou a Goiânia
A atual dor de cabeça da família Bolsonaro não está restrita somente a Brasília. Chegou a capital vizinha, Goiânia, também.
Isso porque o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) interceptou uma transação atípica de mais de R$ 20 mil de um ourives que atua no Camelódromo OK para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro.
Vale lembrar que, até o momento, o oficial é o único a ir para cadeia pelo escândalo.
Pressão para que Rogério Cruz demita comissionados na Educação
Mesmo com a convocação de mais de 700 professores, o déficit de vagas na educação infantil de Goiânia segue sendo uma pedra no sapato para a constrangedora gestão Rogério Cruz (Republicanos).
Além de mais professores, falta ainda estrutura física para comportar as mais de nove mil crianças que aguardam na fila de espera.
Enquanto isso, aumenta a pressão para que a Prefeitura de Goiânia demita os professores comissionados e coloque no lugar os concursados que aguardam serem chamados.
A Rápidas apurou que há um total de 467 profissionais trabalhando com contratos temporários.
Nota 10
Para o evento Restaurante Week, que ocorre até o dia 03 de setembro, em Goiânia. Vários estabelecimentos da capital participam da iniciativa que apresenta diversos pratos com preços acessíveis, permitindo que os visitantes acessem a maior quantidade possível de guloseimas.
Nota Zero
Para defesa e assessoria da empresária Giovana Ogando. Além de não saberem lidar com gestão de crise, esses profissionais estão apelando para ameaças de processos e intimidações veladas a profissionais da imprensa. É o tipo de atitude que só piora a situação e deixa a cliente deles dentro do azeite quente que é a opinião pública.
*Colaborou Danilo Boaventura