Racismo, assédio sexual e humilhações: forma como herdeiro da Biscoitos J. Pereira trata funcionária vira caso de polícia

Print’s de mensagens inapropriadas, obtidos pelo Portal 6, mostram como Pedro Pereira Rezende, de 74 anos, tem tratado colaboradora de apenas 20 anos

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Reprodução/Google Maps/Marcelo Carvalho)Racismo, assédio sexual e humilhações: forma como herdeiro da Biscoitos J. Pereira trata funcionária vira caso de polícia
(Foto: Reprodução/Google Maps/Marcelo Carvalho)

Uma funcionária da Biscoitos J. Pereira expôs um ambiente de trabalho tomado por assédio moral, sexual e ainda racismo. De acordo com a jovem, de 20 anos, o responsável seria o próprio dono, Pedro Pereira Resende, de 74 anos, filho do fundador, José Pereira.

A situação sobre o que ocorre na unidade do Setor Aeroporto, uma das unidades mais antigas da lanchonete famosa, foi comunicada à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (26). Porém, o assédio teria se iniciado em 2022 e continuado desde então.

Recém-separada, a jovem relatou que tem sido convidada para sair com o patrão desde o ano passado. O Portal 6 teve acesso às mensagens em que o homem chama a funcionária para tomar cerveja com ele e se refere a ela como “gostozona”.

(Foto: Reprodução)

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Na ocasião, diante da recusa, ele enviou uma nova mensagem em que a chama de macaca. “O maridão não deixa. Se porque tá carente ai faz mal. A makaka tá carente coitada”. A jovem, que se declara parda, afirmou que se sentiu desconfortável perante a ofensa.

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Além dos convites para sair e ofertas de presentes, o homem ainda pediu fotos íntimas à funcionária. “Manda uma foto da boasuda”, enviou à colaboradora, que novamente se recusou e tentou mudar o assunto ao contar que estava estendendo roupas no momento.

Com isso, Pedro novamente fez comentários racistas, dessa vez tendo como alvo o ex-esposo da vítima também. “Doméstica casa com preto pobre”, disse.

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Apesar do desinteresse pelo homem, a vítima explicou que se encontrou em uma situação constrangedora uma vez que ele usou do poder como dono para realizar as investidas, tanto dentro quanto fora do horário de trabalho.

Segundo ela, não se trata da única ocasião em que ele foi responsável por deixar funcionários desconfortáveis. Conhecido por ser prepotente e arrogante, em determinada conversa que ocorreu em julho, ele se desculpou por ter gritado com ela. “Estava nervoso e você também estava me irritando”, explicou o homem.

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Em outra ocasião, a colaboradora precisou se ausentar por motivos de saúde e, apesar de ter apresentado atestado médico, o dono ainda descontou R$ 60 do salário, valor referente aos dois dias em que não trabalhou.

A reportagem tentou contato repetidas vezes com o suspeito, mas não obteve resposta.

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