Perdomo Doces vê diminuição no movimento após ser atrelada a caso de envenenamento
"Às vezes fazem até piadinhas sobre a segurança da comida", contou uma funcionária do local

Sorrisos estampados no rosto da equipe de funcionários extremamente solícitos, mesas ocupadas e vitrines brilhantes quase conseguem esconder a tensão que paira no ar da Perdomo Doces. No entanto, instruções sussurradas e olhares atentos apontam para a tentativa de recuperar o apreço do público.
A doceria localizada no Setor Bueno costumava ser lotada de pessoas que faziam fila para adquirir os produtos. No entanto, a notícia da morte de um homem e a mãe dele, no início da semana, após consumirem o famoso bolo no pote, espantou os clientes.
O Portal 6 esteve presente no local na tarde desta quinta-feira (21), um dia após a confirmação de que a culpada pela fatalidade seria a ex-nora das vítimas, que envenenou o café da manhã. Ainda não se sabe se foi o doce ou um suco que carregava o veneno.
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Em cerca de 01h, mais de 30 pessoas passaram pela doceria, de crianças até idosos, sozinhos ou acompanhados. Porém, uma funcionária destacou, visivelmente acanhada, que o movimento não poderia se comparar com a semana anterior.
Aqueles que vão atualmente, por sua vez, costumam deixar a própria equipe desconfortável. Segundo a mulher, alguns até fazem piadas se a comida é ou não segura. No entanto, a esperança de que normalize também se mostra presente.
A proprietária, Mariana Perdomo, esteve presente para a gravação de materiais promocionais, também com sorriso no rosto e as mãos cheias de produtos natalinos.
Uma entrevista coletiva foi realizada logo na sequência, quando Mariana explicou como tudo aconteceu e os efeitos que a polêmica causou na marca.
Relembre
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86 anos, faleceram neste domingo (17) e segunda-feira (18), com sintomas como vômito, dor no estômago e diarreia.
Na manhã de domingo (17), ingeriram doces da Perdomo Doces, assim como quitandas de padaria e sucos, fornecidos pela ex-nora, Amanda Partata Mortoza, de 31 anos.
Inicialmente, levantou-se a suspeita de que a doceria seria a origem do mal causado. Porém, a Polícia Civil (PC) identificou a autoria e fez a prisão da falsa psicóloga nesta quarta-feira (20).