Museu remove imagem de Daniel Alves após condenação por estupro

Justiça da Espanha determinou que ex-jogador cumpra pena de quatro anos e meio de prisão

Folhapress Folhapress -
Museu remove imagem de Daniel Alves após condenação por estupro
Jogador de futebol Daniel Alves foi preso na Espanha. (Foto Lucas Figueiredo/CBF).

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O museu do Esporte Clube Bahia, localizado dentro da Arena Fonte Nova, em Salvador, removeu a imagem de Daniel Alves de suas paredes após o ex-jogador ter sido condenado por estupro na Espanha.

A informação sobre a decisão do museu foi publicada originalmente pelo Globo Esporte. O clube não se manifestou sobre o caso.

Natural de Juazeiro (BA), Daniel Alves defendeu o Bahia dos 15 aos 19 anos, antes de vendido para o Sevilla e se tornar uma estrela do futebol europeu vestindo as camisas do Barcelona e da seleção brasileira. A imagem do ex-lateral ficava numa galeria junto a fotos de outros ídolos do clube.

Na quinta-feira (22), a Justiça da Espanha condenou o ex-jogador a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma jovem em uma casa noturna de Barcelona, em 2022. Também exigiu pagamento de multa de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil). Os 13 meses que ele passou preso, aguardando julgamento, serão descontados da pena.

O gesto do museu do Bahia se soma a outras manifestações contra a imagem do jogador. Em Juazeiro, moradores cobram a retirada de uma estátua de Daniel Alves construída em 2020. A Prefeitura diz que vai aguardar o trânsito em julgado para tomar uma decisão -ainda cabe recurso contra a decisão da Justiça espanhola.

Após a condenação, as deputadas federais pela Bahia Alice Portugal (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB) também se manifestaram por redes sociais.

“A condenação do ex-jogador Daniel Alves serve de exemplo para mostrar aos homens que não é sempre não e que sexo sem consentimento é estupro”, escreveu Da Mata no X (antigo Twitter). “Isso vale para todos, independente de condição social e se a figura é pública ou não”.

“A justiça foi feita na Espanha, mas a pena ainda foi curta”, publicou Portugal também no X. “A sociedade precisa entender que somos donas de nossos próprios corpos e vontades”.

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