Empregado terá que pagar bolada de indenização após processar empresa para tentar ganhar R$ 500 mil
Ex-funcionário alegou que desenvolveu fortes dores em decorrência das atividades laborais, mas argumentos não se sustentaram em frente à juíza
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Um idoso, de 61 anos, ingressou com uma ação trabalhista pedindo indenização de mais de meio milhão de reais por ter, supostamente, adquirido problemas de saúde em decorrência da profissão, em Itumbiara.
Porém, a defesa da empresa conseguiu virar o jogo e fazê-lo pagar uma bolada.
O funcionário havia sido contratado em dezembro de 2020, para exercer a função de caldeireiro. Porém, ele relatou que, em abril de 2022, passou a sofrer de fortes dores nos ombros e joelhos, supostamente ocasionadas pelo aumento da carga de esforço no trabalho.
Por conta disso, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lhe concedeu um auxílio-doença até junho do mesmo ano.
Acontece que o empregado também solicitou que fosse declarada a rescisão indireta do contrato, além da condenação da empresa ao pagamento de verbas rescisórias, indenização por danos morais e materiais, indenização substitutiva da estabilidade acidentária, salários relativos ao período de limbo previdenciário, entre outros pedidos, que resultariam em um montante de R$ 537.948,16.
Porém, a defesa da empresa, conduzida pelo advogado Diego Vilela, apontou que não havia provas que relacionassem as patologias apresentadas com a atividade laboral, uma vez que “são de origem degenerativa e com manifestação atrelada ao avanço da idade do trabalhador”.
Além disso, Diego destacou que a atividade desenvolvida na empresa não era de risco e que o trabalhador não foi impedido de retornar ao serviço, tendo partido do próprio funcionário a recusa em permanecer empregado.
A magistrada Dânia Carbonera Soares acolheu os argumentos da defesa, não enxergando causalidade entre a patologia e às atribuições do idoso, reconhecendo que as reclamações poderiam estar atreladas simplesmente à idade do mesmo.
O ex-funcionário ainda foi condenado a pagar ao advogado da empresa em 7% sobre os pedidos julgados improcedentes, o que equivale a aproximadamente R$ 40 mil.