Áudio sobre ex-funcionária de bar em Anápolis se referia a outro estabelecimento

Grupo de antigos colaboradores do estabelecimento também apresentou áudios e prints dos donos, demonstrando supostos débitos trabalhistas

Samuel Leão Samuel Leão -
Polêmica na realidade envolveria o Portto Gastrobar. (Foto: Reprodução/Érida Rocha)

Depois que um áudio, feito por uma suposta ex-funcionária de um bar da Avenida Jamel Cecílio, em Anápolis, viralizou nas redes sociais, vários personagens acabaram se envolvendo na situação. Nesta quarta-feira (22), novas mensagens apontam para um cenário mais complexo do que o inicial.

Isso porque tanto a atual proprietária do bar que funciona no local quanto o último dono, que geriu o estabelecimento no ano anterior, afirmaram que a confusão se refere aos administradores do bar anterior, o Portto Gastrobar.

Além dos apontamentos feitos por eles, um grupo de ex-funcionários do estabelecimento também apresentou áudios e prints dos antigos donos, demonstrando supostos débitos trabalhistas e até declarações ríspidas recebidas deles.

“Foram quatro meses trabalhando igual escrava, sem receber, sem comer. O que salvava nas noites trabalhadas era a nossa equipe; a gente brincava para não chorar”, expressou uma ex-colaboradora, que pediu para não ser identificada.

Com a falência do negócio, por volta de novembro de 2021, salários que já estavam atrasados não teriam sido pagos. Mesmo com tentativas de receber o acerto, a maioria dos entrevistados conta que “nunca viu a cor do dinheiro”.

“Não tenho medo da Justiça. Não adianta, o certo é certo. Você recebe de mim aqui, ou por lá. E, por lá, ainda divide com o advogado. Não sei por que pensam que a Justiça me causa medo, isso está aí para usarem se acharem necessário”, teria dito a proprietária, em mensagens registradas no WhatsApp.

Portanto, pelo contexto vivido pela antiga proprietária, as peças que faltam no quebra-cabeça do áudio parecem se encaixar aos poucos. Ainda segundo os ex-funcionários, esse áudio já seria de conhecimento dos envolvidos há tempos.

Em outro registro, uma entrevistada apresentou mensagens trocadas com o advogado da empresária, da época, e ele teria dito que o escritório de advocacia não responde pelos compromissos financeiros dos clientes.

Somada à mensagem do ex-proprietário, na qual ele ameaça expor a funcionária caso ela não retire a ação trabalhista, os relatos colhidos apontam para a antiga gestão como a real vítima pretendida pelo áudio, em uma espécie de vingança pelo não recebimento do devido pagamento.

 

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