Conheça família de Anápolis que há três gerações batiza recém-nascidos com nomes de veículos

Tudo começou com o avô Durval que, no século passado, teve 7 filhos - dando início a tradição familiar

Samuel Leão Samuel Leão -
Família anapolina chama atenção por manter tradição inacreditável. (Foto: Acervo Pessoal)

Quando se trata de carros, os nomes Fittipaldi, Senna ou Piquet são destaques no cenário nacional ao mostrar talento e habilidade nas pistas de integrantes das famílias ao longo dos últimos anos ou décadas. Já em Anápolis, uma família foi além. Há três gerações, batizam os recém-chegados em homenagem à paixão quatro rodas.

No entanto, eles apreciam apenas veículos velozes e consagrados nas pistas, mas também maquinário pesado, como escavadeiras, patrolas, empilhadeiras e outros.

Ao Portal 6, Renault Correa, anapolino de 24 anos, revelou que tudo começou com o avô Durval que, no século passado, teve 7 filhos e resolveu dar a cada um deles nomes de carros, máquinas e motos.

“Tem o Overland, que era um tipo de jipe e hoje em dia também dá nome a um Jeep moderno, o Willys, que também é do mesmo tipo de carro, um clássico, o Lander, que é um modelo de moto, e o Highland, que era uma patrola, mas hoje em dia também é um carro da Mitsubishi”, contou.

“Outro foi Deutz, que é um trator, Leyland, que era um caminhão e também um carro. E, por fim, ‘Land Rovel’, em homenagem à famosa marca de carros do Reino Unido”, complementou.

Durval chegou a dar uma entrevista ao Diário da Manhã em 1989, revelando como era a escolha dos nomes para os novos integrantes da família. Para ele, a ‘tirada da cartola’ é por se tratarem das “máquinas mais potentes e pesadas da minha época”.

Família do senhor Durval Costa, foto tirada em 1989. (Foto: Diário da Manhã)

Assim, surgiu a primeira geração, inspirada em vários veículos diferentes. Essa prática agradou os descendentes, que decidiram manter a tradição e colocar também nomes automobilísticos nos filhos que vieram.

“Eu me chamo Renault, como a marca de carros francesa, tenho um irmão chamado Suzuki, em referência à montadora japonesa. Além desses, também há a Cayenne, em alusão ao famoso Porsche, e Case, que é uma empilhadeira”, acrescentou.

Ele ainda mencionou os primos Hyster, que é originalmente o nome de uma empilhadeira, e Yale que, além da famosa universidade americana, diz respeito a uma retroescavadeira.

Todos moradores de Goiás, a família nutre até os dias atuais a paixão pelas máquinas, alguns conservando veículos clássicos na garagem, outros acompanhando corridas e competições diversas.

“Já na terceira geração, há o filho do meu irmão, que se chama Kia. Eu pretendo seguir a tradição e colocar um nome automobilístico também, apesar de não ter em mente ainda um nome específico. Quem sabe vem aí um Maverick…”, brincou.

Assim, o que era um gesto que poderia ter passado com o tempo, ou ser tratado como um capricho pessoal apenas do avô, se tornou um dos baluartes da família, unindo-a e criando uma prática que passa de pai para filho.

Na prática

Mas nem tudo são rosas, e Renault contou, com bom humor, que já viveu diversas situações inusitadas pelo nome diferente. Seja em hospitais ou franquias, como o Burger King, onde os nomes dos clientes ou pacientes são chamados aos gritos, ele revelou já ter sido chamado por todas as variações do próprio nome possíveis.

“Renault vira Renan, Renato, Renal, e outros. É engraçado quando acontece, mas acabo tendo que estar atento para qualquer palavra que se assemelhe ao meu nome”, finalizou, aos risos.

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