Apenas 4 cidades de Goiás estão inseridas na Mata Atlântica; saiba quais

Segundo IBGE, dos 246 municípios goianos, 17 são considerados interbiomas

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Buriti Alegre. (Foto: Reprodução)

Se engana quem pensa que Goiás conta apenas com paisagens típicas do Cerrado brasileiro. Para além do bioma já conhecido entre os goianos, o estado ainda possui quatro cidades inseridas na Mata Atlântica: Água Limpa, Buriti Alegre, Paranaiguara e São Simão.

O bioma tem como características, árvores com copas mais densas – além de uma diversidade maior em número de espécies. Está presente em 10% do território nacional – que se distribui em segmentos do litoral aos planaltos e serras.

Água Limpa 

Água Limpa. (Foto: Reprodução)

O povoado de Água Limpa de Goiás foi fundado em 1929, especialmente por conta da exploração agrícola das terras férteis da região. O nome foi escolhido por conta de um córrego com a mesma denominação que por ali passava.

Já em 1952, o território foi subordinado a Caldas Novas e, no ano seguinte, passou a ser anexado a Marzagão.

Posteriormente, em 1958, ele foi desmembrado de Marzagão, sendo então elevado à categoria de município.

A cidade, que faz parte da Mata Atlântica, contava com 1.830 habitantes em 2020 – conforme o último censo do IBGE – tendo uma área de 452,858 km².

Buriti Alegre 

Buriti Alegre. (Foto: Reprodução)

A formação de Buriti Alegre começou após uma capela, em homenagem à Nossa Senhora D’Abadia, ser construída pelo coronel Leonel Antunes Maciel para a realização de rituais em louvor à santa.

Então, entre 1921 e 1923, Ana Rita do Espírito Santo doou 64 alqueires para a formação do patrimônio de Nossa Senhora D’Abadia.

O nome foi escolhido devido à quantidade de palmeiras buriti presentes na região, especialmente no brejo. Já “Alegre” se deve ao canto dos pássaros que se alimentavam das castanhas.

Fundada em 24 de junho de 1910, a cidade conta com  10.495 habitantes e 901,932 km de extensão.

Repleta de atrações turísticas, a que mais se destaca é o Lago das Brisas, formado pela barragem da Usina de Itumbiara.

Paranaiguara 

A princípio chamado de Capelinha, o município surgiu às margens do Ribeirão Mateira, sendo posteriormente reconstruído fora da área de inundação da represa de São Simão.

Localizada na região Sudoeste de Goiás, a cidade foi se desenvolvendo especialmente pela posição geográfica, estando entre Quirinópolis, Jataí e Ituiutaba.

Em 1953, ele foi desmembrado de Quirinópolis e elevado à categoria de município com o nome de Mateira. Posteriormente, já em 1967, o local passou a se chamar Paranaiguara.

A região tem área total de 1.153,623 km, contando com  7.607 habitantes.

São Simão 

Imagem aérea de praia artificial em São Simão. (Foto: Reprodução / Facebook)

A história da cidade está diretamente ligada ao volume e a força das águas do Rio Paranaíba. O “acidente da natureza” acabou fazendo com que surgisse o cenário paradisíaco, que ficou submerso após a construção da Usina Hidrelétrica de São Simão.

Reconstruído, o município se encontra atualmente às margens do Lago Azul, ocupando uma área de 674 km2 e tendo um volume de 17 bilhões de m3 de água. Encantando os turistas, ele é formado por várias ilhas e praias.

Interbiomas:

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 246 municípios goianos, 17 são considerados interbiomas por predominarem em um bioma, mas contarem também com parte do território em outro.

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